Nos últimos tempos, um novo
modelo de trabalho tomou conta das ruas e avenidas brasileiras, o de
entregadores de aplicativos. Esse movimento fio possível graças a empresas que
viram uma oportunidade ao intermediar o processo de pedido, compra e entrega de
refeições transportadas. Milhões de pessoas que estavam sem renda alguma por
causa da grande crise que atingia o país puderam começar a trabalhar, mesmo que
informalmente, e melhorar sua qualidade de vida. Ainda assim, alguns jornais
fizeram reportagens nos últimos dias do tipo: “como aplicativos de delivery estão
levando pequenos restaurantes à falência”, ou sobre o documentário “Vidas
Entregues”, que mostra e precarização do trabalho no Brasil. A realidade mostra
exatamente o contrário!
Antes da existência dos
aplicativos, era muito complicado para um pequeno restaurante aumentar suas
vendas através do sistema de delivery. Era necessário contratar profissionais
para serem pagos pela “diária”, mas esse modelo acabava gerando vínculo
trabalhista, mesmo que o combinado informal fosse outro, e tudo terminava com
um alto risco para a empresa contratante, inviabilizando o modelo de serviço. Com
os aplicativos, se tornou acessível a empresas de qualquer tamanho começar a
oferecer esses serviços. O mercado de entregas cresceu substancialmente, e
milhões de cargos de trabalho foram criados e uma oportunidade de renda passou
a existir para quem não tinha nada. Alguns entregadores chegam a reclamar dos
retornos e até algumas manifestações foram feitas, mas se trata apenas de uma
lógica de mercado, onde existe muita mão de obra sendo ofertada e os preços
pagos tendem a diminuir. Até mesmo os restaurantes viram suas margens de lucros
serem afetadas, porque as taxas desses aplicativos chegam a 25% do valor do
pedido, entretanto, é um valor que muitos aceitam pagar em vista das numerosas
opções de vendas que passaram a existir. Para os clientes, os benefícios são ainda
maiores. Hoje é possível fazer um pedido de refeição a qualquer hora do dia,
pagar diretamente pelo aplicativo no celular e somente aguardar a entrega no
conforto da sua casa, e pasmem: mesmo com as altas taxas cobradas, os produtos
passaram a custar até metade do valor que antes era cobrado dos consumidores.
Reportagens que vêem apenas
o cenário negativo desse mercado, não contribuem em nada para a liberdade econômica
e a livre relação de mercado. Graças a empresários que enxergaram uma maneira
de facilitar a vida das pessoas e mesmo na crise investiram nesse mercado, hoje
temos um novo mundo no delivery, e algumas empresas estão montando cozinhas
para atender exclusivamente nesse modelo. Sempre que existir liberdade de
relacionamento e de empreendedorismo, sem que o estado atrapalhe, os
empresários encontrarão saídas para qualquer crise que venha a existir.