quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dilemas modernos

"Curtir ou não curtir, eis a questão."

O que o torcedor brasileiro quer?


No jogo da Seleção brasileira contra a Argentina, o técnico brasileiro foi sabatinado com um saraivada de vaias e gritos pedindo a volta de Felipão, técnico campeão do mundo em 2002. Mas será que o culpado por esse momento ruim da seleção é somente o técnico Mano Menezes?
Não é novidade nenhuma que essa geração de jogadores é fraca, e nem um pouco comparável à geração de dez ou quinze anos atrás. O grande ícone do futebol brasileiro é um moleque mimado e topetudo que se acostumou a encenar faltas e a comemorar seus gols com dancinhas pré-ensaiadas, além de provocar adversários e tira-los do sério. Tudo isso alicerçado por uma torcida que diz adorar seu  futebol moleque e divertido e por uma mídia que maximiza e enaltece seu estilo irreverente.
No embalo seguem os jogadores que atuam no futebol sério e pegado da Europa, mas quando chegam à seleção, se sentem numa colônia de férias e esquecem que estão no campo para honrar uma camisa que tem na sua história cinco conquistas mundiais e inúmeros exemplos de dedicação, raça, seriedade e respeito. Não me lembro de ver algum vídeo do Pelé rebolando após um gol. Muito menos de ver o Zico fazendo firulas sem objetividade. Até o, considerado por muitos, como o mais habilidoso da história, Garrincha, fazia seus lances mágicos com objetivo de chegar ao gol e vencer a partida.
É muito fácil passar o pé por cima da bola e fazer gracinhas quando a partida já está ganha e o adversário sem esperanças. Mas para chegar lá é preciso raça e muito futebol.
No meio dessa salada de vaidades, está o técnico vaiado Mano Menezes, que sempre comandou times focados e brigadores. Mas quando tenta impor seu estilo na seleção, fica barrado por essa tendência natural e individualista da maioria dos selecionados. Resultado disso é um time sem identidade e que oscila entre boas e péssimas atuações.
Se o Mano sair, que vai entrar? A maioria dos técnicos brasileiros estão se adaptando ao estilo de futebol Europeu, que certamente é o mais disputado, corrido e divertido de se assistir.
No futebol atual não existe espaço para times firulentos. O jogo é pegado, as faltas são poucas e o contato físico é constante. Até mesmo o grande time da atualidade, o Barcelona, tem como características principais a determinação por ter a posse de bola e a entrega constante dos jogadores. Quando o time conseguir essas qualidades, e somente quando isso acontecer, a habilidade vai aparecer e fazer a diferença. Nesse momento jogadores habilidosos como Messi, Cristiano Ronaldo e o próprio Neymar, ganham os jogos num detalhe, num segundo de genialidade que possuem no DNA, e assim fazem jus às cifras milionárias que faturam todos os meses. Mas antes disso, esqueçam.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Lição americana


Ano passado me interessei pelo Futebol Americano. Acompanhei a temporada e me interei sobre as regras complicadíssimas do jogo. Confesso que ainda não sei metade delas, mas já consigo acompanhar um jogo inteiro e até dar uns pitacos táticos. Ou seja, era chegada a hora de escolher um time para torcer. Fiquei muito atraído pela ofensividade do Green Bay Packers e me vi torcendo por eles naturalmente. Foi nesse momento que fui buscar mais informações sobre o time, sua história, sua torcida, e fiquei pasmo com algumas coisas.
O time vende todas as entradas para jogos desde 1960. Todos os anos a equipe realiza um jogo entre o próprio time, chamado Family Night, no Lambeau Field (seu estádio). Durante 2004 e 2005 mais de 60.000 torcedores compareceram, esgotando os ingressos. A média de espera para ingressos para toda a temporada é de 30 anos; mesmo que um nome fosse colocado na lista hoje, o tempo estimado de espera pode bem ultrapassar 100 anos. Por essa razão, não é difícil encontrar torcedores colocando seu número de espera no testamento ou colocando recém-nascidos na fila de espera assim que recebem suas certidões de nascimento.
Compreendo que esse fanatismo é uma coisa típica dos americanos, mas sua habilidade para organizar e maximizar eventos é incrível. No site dos Packers existe de tudo para vender. Os jogos são um espetáculo a parte, e a paixão da torcida é um produto realmente muito valorizado.
Lembro ainda que essa paixão toda não é uma particularidade dos Packers. Todos os esportes e a maioria dos times consegue trabalhar a euforia do torcedor e arrecadar cifras consideráveis com isso. E essa magia toda acontece num país multiesportivo.
Imagine se o Brasil, país onde um esporte apenas reina, soubesse organizar eventos e aproveitar todo esse poder que o torcedor propicia?
Fico contente por times como o Corinthians estar aprendendo com os vizinhos da terra do Tio Sam a valorizar o poder da torcida. Não é a toa que o estádio está sempre lotado em jogos teoricamente sem tanta importância. Mas ainda estamos a anos luz dos americanos.
Creio que é hora de parar de inventar e ter um pouco de humildade para copiar! Go Packers, VAI CORINTHIANS!

Corruptismo


Monarquia, Socialismo, Presidencialismo. No meio de tantos modelos de governo, parece que o Brasil resolveu inventar o seu próprio, o Corruptismo. Prova disso são as incontestáveis evidências que estão surgindo de que o grande chefe do Mensalão sempre foi  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula, este homem amado por muitos e odiado por tantos, mas que é dotado de um carisma e poder de liderança incontestável. Comandou o país durante oito anos. Obteve vitórias, derrotas e foi a cara do Brasil no mundo. Fez parcerias com países emergentes e alianças com as maiores potências do mundo. Foi destacado e elogiado por lideres mundiais. Transformou-se num ícone.
Mas a que preço?
Não saiu imune aos escândalos de corrupção e está prestes a ter seu nome oficialmente incluído num dos maiores processos de corrupção - como ele mesmo gostava de dizer - nunca antes visto na história desse país. Culpado ou inocente, só o tempo vai nos dizer, mas a princípio me parece mais refém do que qualquer outra coisa. Refém do vergonhoso sistema de governo do nosso país, onde os homens públicos se corrompem ou não conseguem chegar a lugar algum.  Entramos num círculo vicioso onde só o sistema ganha, só os bandidos tem palavra, e os que tentam nadar contra a maré acabam devorados pelos tubarões da barganha.
O mais trágico é que a cada dois anos o povo tem a oportunidade de começar uma mudança neste triste cenário. No dia das eleições ele detém o poder e pode punir, já que a justiça não o faz. Mas ao invés de fazer uso dessa importante - e talvez a única – ferramenta, acaba por reeleger os mesmos criminosos.
É um jogo de cartas marcadas no qual os personagens principais se perpetuam no poder, e o Corruptismo reina absoluto.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mensagem Subliminar


Propaganda eleitoral do Barbosa Neto com homens vestidos de preto, encapuzados, armados, atirando num alvo que é ele mesmo...

Cuidado com a mensagem subliminar Barbóquio!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Desabafo

Contrastes difíceis de serem entendidos. Temos uma querida cidade irmã que nos supera em quase sua totalidade. Sua renda per capta supera a nossa. O seu nível de ensino idem. Uma cidade que não tem favelas e foi matéria do Globo Comunidade. Primeiro lugar em gestão do dinheiro público à nível estadual e sétimo nacional. Em paralelo, Londrina não sai das páginas policiais em nível político.
Portando meu sentimento é de emulação, uma inveja carinhosa por esta querida cidade e por este povo que sabe escolher seus representantes.
Gostaria de, se a lei permitisse, pedir ao TRE que no próximo pleito, convocasse o eleitorado maringaense para vir a Londrina e escolher o nosso prefeito.
Querida Maringá, não tenho inveja de você, apenas respeito e admiro seus munícipes. Perdoem-me eleitores londrinenses, mas este é o gesto de um cidadão frustrado com a falta de consciência e respeito da maioria dos eleitores que não querem o progresso desta querida metrópole.

(VICENTE PENHA)