No jogo da Seleção brasileira
contra a Argentina, o técnico brasileiro foi sabatinado com um saraivada de
vaias e gritos pedindo a volta de Felipão, técnico campeão do mundo em 2002.
Mas será que o culpado por esse momento ruim da seleção é somente o técnico Mano
Menezes?
Não é novidade nenhuma que essa
geração de jogadores é fraca, e nem um pouco comparável à geração de dez ou
quinze anos atrás. O grande ícone do futebol brasileiro é um moleque mimado e
topetudo que se acostumou a encenar faltas e a comemorar seus gols com
dancinhas pré-ensaiadas, além de provocar adversários e tira-los do sério. Tudo
isso alicerçado por uma torcida que diz adorar seu futebol moleque e divertido e por uma mídia
que maximiza e enaltece seu estilo irreverente.
No embalo seguem os jogadores que
atuam no futebol sério e pegado da Europa, mas quando chegam à seleção, se
sentem numa colônia de férias e esquecem que estão no campo para honrar uma camisa
que tem na sua história cinco conquistas mundiais e inúmeros exemplos de
dedicação, raça, seriedade e respeito. Não me lembro de ver algum vídeo do Pelé
rebolando após um gol. Muito menos de ver o Zico fazendo firulas sem
objetividade. Até o, considerado por muitos, como o mais habilidoso da história,
Garrincha, fazia seus lances mágicos com objetivo de chegar ao gol e vencer a
partida.
É muito fácil passar o pé por
cima da bola e fazer gracinhas quando a partida já está ganha e o adversário
sem esperanças. Mas para chegar lá é preciso raça e muito futebol.
No meio dessa salada de vaidades,
está o técnico vaiado Mano Menezes, que sempre comandou times focados e
brigadores. Mas quando tenta impor seu estilo na seleção, fica barrado por
essa tendência natural e individualista da maioria dos selecionados. Resultado
disso é um time sem identidade e que oscila entre boas e péssimas atuações.
Se o Mano sair, que vai entrar? A
maioria dos técnicos brasileiros estão se adaptando ao estilo de futebol
Europeu, que certamente é o mais disputado, corrido e divertido de se assistir.
No futebol atual não existe
espaço para times firulentos. O jogo é pegado, as faltas são poucas e o contato
físico é constante. Até mesmo o grande time da atualidade, o Barcelona, tem
como características principais a determinação por ter a posse de bola e a
entrega constante dos jogadores. Quando o time conseguir essas qualidades, e
somente quando isso acontecer, a habilidade vai aparecer e fazer a diferença.
Nesse momento jogadores habilidosos como Messi, Cristiano Ronaldo e o próprio
Neymar, ganham os jogos num detalhe, num segundo de genialidade que possuem no
DNA, e assim fazem jus às cifras milionárias que faturam todos os meses. Mas
antes disso, esqueçam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário