segunda-feira, 29 de abril de 2013

E os alambrados?


A Copa do Mundo se aproxima e muitos estádios estão sendo inaugurados ou estão na fase final das obras. Um dos fatores que mais chama a atenção em todos eles é a ausência de alambrados e a proximidade da torcida com a lateral do campo e banco de reservas.
Esta característica é claramente espelhada no futebol europeu, mais especificamente no futebol inglês. Os organizadores da Copa 2014 só estão esquecendo um mero detalhe: não estamos na Europa. Os estádios da terra da rainha e a liga inglesa são exemplos a serem seguidos pelo mundo todo. Entre os pontos positivos estão organização, comportamento da torcida, respeito entre os jogadores e organizadores do evento. Entretanto, para chegar a um nível tão apurado de competitividade os ingleses tiveram muito trabalho. Os Hooligans espalharam terror por toda a Europa na década de 80, fazendo até com que os times da Inglaterra permanecessem banidos de copas UEFA por um período de cinco anos. Somente após essa sanção os dirigentes ingleses tomaram medidas para banir a violência dos estádios e por consequência evoluir aos níveis encontrados hoje em dia.
No Brasil não existem Hooligans, mas torcedores com comportamento que, no mínimo, traz lembranças deles. Se os responsáveis pela Copa estão pensando que somente com a retirada dos alambrados esse comportamento vai melhorar, estão redondamente enganados. Sem medidas legais e punições exemplares àqueles que brigarem nos estádios, depredarem o patrimônio ou atirarem objetos no campo, a história não vai mudar, e o que veremos na Copa será um verdadeiro pandemônio causado por alguns "torcedores".

terça-feira, 23 de abril de 2013

Maioridade Penal

Diversos setores da sociedade tem debatido constantemente sobre a redução, ou não, da maioridade penal. Um lado a defende, pois a revolta é grande com  casos recentes de criminosos que ficam impunes após cometer homicídios, latrocínios, tráfico de entorpecentes e tantas outras barbaridades. Outros seguem contra, e defendem teses de que a diminuição da maioridade penal não vai resolver o problema, apenas agrava-lo. Colocar um menor dentro de um presídio com criminosos "de verdade", aliada a falta de estrutura do sistema carcerário só vai incentiva-lo a continuar no mundo do crime. Defendem ainda a que a solução é investir na educação para evitar que esses menores adentrem à vida criminosa.
É claro que o sistema educacional, nem o carcerário, estão sendo bem administrados no Brasil. Entretanto, utilizar este problema para justificar a manutenção de outro, a maioridade penal aos 18 anos, é equivocado e irresponsável. As vítimas desses menores - que por vezes são presos portando um sorriso irônico frente  a certeza de liberdade - tem de conviver com o desrespeito e com o sentimento de injustiça. Onde está o respeito com os pais do estudante que foi assassinado semanas atrás no campus de uma faculdade? Simplesmente não existe.
Num mundo perfeito, presídios não deveriam existir. Todos os jovens deveriam sair das escolas com noções de respeito às leis e com uma noção cultural que não os permitisse cometer crimes. Deveriam ainda ter uma base econômica que suprisse suas necessidades básicas de sobrevivência. Mas infelizmente, um mundo perfeito não existe, e nossos políticos não são capazes de prover nem o básico para muitos jovens. O caminho que sobra é a punição justa àqueles que recorrem ao mundo do crime. Criminosos são criminosos, não importa sua idade. O que não pode acontecer é a sociedade continuar sendo agredida com escândalos de injustiça e o medo recorrente com a consciência de que o mesmo homicida de ontem estará nas ruas amanhã.

sábado, 6 de abril de 2013

Expo Londrina


Tempos atrás estava falando com o amigo Vicente Penha sobre o porquê de ir ou não à Exposição em Londrina. Ele defendeu seu ponto de vista com uma simples afirmação.

"A exposição é para dois tipos de pessoas: para o rico e para o jacu.
O rico expõe e o jacu paga pra ver.
Como não sou nenhum dos dois, prefiro não ir."