A Copa do Mundo se aproxima e muitos
estádios estão sendo inaugurados ou estão na fase final das obras. Um dos
fatores que mais chama a atenção em todos eles é a ausência de alambrados e a
proximidade da torcida com a lateral do campo e banco de reservas.
Esta característica é claramente
espelhada no futebol europeu, mais especificamente no futebol inglês. Os
organizadores da Copa 2014 só estão esquecendo um mero detalhe: não estamos na
Europa. Os estádios da terra da rainha e a liga inglesa são exemplos a serem
seguidos pelo mundo todo. Entre os pontos positivos estão organização, comportamento
da torcida, respeito entre os jogadores e organizadores do evento. Entretanto,
para chegar a um nível tão apurado de competitividade os ingleses tiveram muito
trabalho. Os Hooligans espalharam terror por toda a Europa na década de 80,
fazendo até com que os times da Inglaterra permanecessem banidos de copas UEFA
por um período de cinco anos. Somente após essa sanção os dirigentes ingleses tomaram
medidas para banir a violência dos estádios e por consequência evoluir aos
níveis encontrados hoje em dia.
No Brasil não existem Hooligans, mas
torcedores com comportamento que, no mínimo, traz lembranças deles. Se os
responsáveis pela Copa estão pensando que somente com a retirada dos alambrados
esse comportamento vai melhorar, estão redondamente enganados. Sem medidas legais e
punições exemplares àqueles que brigarem nos estádios, depredarem o patrimônio ou
atirarem objetos no campo, a história não vai mudar, e o que veremos na Copa
será um verdadeiro pandemônio causado por alguns "torcedores".
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