É claro que o sistema
educacional, nem o carcerário, estão sendo bem administrados no Brasil.
Entretanto, utilizar este problema para justificar a manutenção de outro, a
maioridade penal aos 18 anos, é equivocado e irresponsável. As vítimas desses
menores - que por vezes são presos portando um sorriso irônico frente a certeza de liberdade - tem de conviver com
o desrespeito e com o sentimento de injustiça. Onde está o respeito com os pais
do estudante que foi assassinado semanas atrás no campus de uma faculdade?
Simplesmente não existe.
Num mundo perfeito, presídios não
deveriam existir. Todos os jovens deveriam sair das escolas com noções de
respeito às leis e com uma noção cultural que não os permitisse cometer crimes. Deveriam
ainda ter uma base econômica que suprisse suas necessidades básicas de sobrevivência.
Mas infelizmente, um mundo perfeito não existe, e nossos políticos não são capazes de prover nem o básico para muitos jovens. O
caminho que sobra é a punição justa àqueles que recorrem ao mundo do crime.
Criminosos são criminosos, não importa sua idade. O que não pode acontecer é a
sociedade continuar sendo agredida com escândalos de injustiça e o medo
recorrente com a consciência de que o mesmo homicida de ontem estará nas ruas
amanhã.
No viés dos prós e contras, segue o caos globalizado. Enquanto as políticas públicas do país tentam lidar com a "maioridade penal", os educadores tentam enteder a "minoridade intelectual". Muito pertinente a explanação, condizente até com uma ideia de machado de Assis, já meio agastada pelo tempo (nem por isso inadequada), a qual se ousa parodiar: "Ao vencedor as pizzas"!
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