terça-feira, 29 de novembro de 2016

Desastre com o time da Chape

Nesta terça-feira, o futebol acordou de luto. Um desastre envolvendo o avião que levava o time da Chapecoense vitimou a equipe quase por completo, além da comissão técnica, jornalistas e convidados. Trata-se da maior tragédia no esporte da América do Sul.
Além da irreparável perda de vidas, é preciso lembrar a grandiosa fase que vivia o futebol de Chapeco. O time, que tem uma trajetória muito parecida com a do Londrina FC dos últimos anos, conquistando acessos consecutivos desde a quarta divisão do futebol brasileiro até chegar à elite. O Tubarão ainda está trilhando esse caminho, mas a Chape já tinha chegado ao ponto mais alto, e ainda mais que isso, estava disputando a segunda competição mais importante das Américas, com reais chances de ser campeã. Seriam os dois jogos mais importantes da sua história e, além da cidade de Chapecó, o país todo estava acompanhando o time com um carinho que só o futebol pode explicar. Essa tragédia acaba com a euforia de todos os torcedores, e deixa o mundo do futebol perplexo com a fragilidade da vida, mas evidencia a compaixão das pessoas. Hoje, todos estão unidos num esforço para, se possível, diminuir as dores dos familiares dos jogadores e dos torcedores da Chapecoense. Quase todos os times do futebol brasileiros prestaram homenagens e se colocaram à disposição para ajudar no que for possível. Torcedores de todos os times esqueceram as suas bandeiras e estão sendo solícitos às vítimas. Até o adversário da final da Copa Sul-Americana, o Club Atlético Nacional já se manifestou fazendo um pedido para a Conmebol considerar a Chapecoense campeã do torneio. Afinal, essa competição já acabou depois dessa tragédia.
No passado, já aconteceram desastres similares ao ocorrido com o time da Chapecoense. Em 1949 o time do Torino da Itália sofreu um acidente de avião e todos os 30 ocupantes da aeronave morreram. O time liderava o campeonato daquele ano, e na ausência dos jogadores para disputar os últimos quatro jogos, mandaram a campo os juniores do clube. Os adversários se solidarizaram com a tragédia e também enviaram seus juniores a campo. O Torino sagrou-se campeão daquele ano. Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 94, o time da Zâmbia teve o mesmo destino, e seu avião caiu vitimando os 18 jogadores da promissora equipe africana. Mais recentemente, em 2011, 44 pessoas morreram quando o avião que transportava a equipe de hóquei no gelo Lokomotiv Yaroslavi, caiu às margens do Rio Volga. São desastres terríveis e que deixaram marcas profundas aos fãs do esporte, mas que fizeram ficar evidente o que o ser-humano possui de melhor, que é a compaixão com o próximo num momento de dificuldade. Que a cidade de Chapecó e o time consigam passar cima dessa tragédia e que voltem em breve para o lugar que merecem: o topo do futebol brasileiro.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Escândalos sem fim

O território brasileiro é terra arrasada em meio à corrupção. Todos os dias surgem novos escândalos por meio das investigações da operação Lava Jato. Cada um deles, por si só, já seria uma notícia bombástica em qualquer época da nossa história, mas o fato de todos eles serem revelados em período tão curto de tempo causou uma espécie de paralisação emocional em toda a sociedade, e parece que nada será tão escandaloso ao ponto de nos surpreender novamente. A notícia mais recente trata do rombo descoberto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no Financiamento Estudantil (FIES), um dos programas mais respeitados do governo do PT, e indica que mais de 20 Bilhões podem ter sido superfaturados entre 2009 e 2015. É “apenas” mais um caso que se soma aos tão famigerados escândalos da Petrobrás, na Prefeitura do Rio de Janeiro, das Pedaladas Fiscais, entre tantos outros.
Tudo isso ocorre em meio a uma das maiores crises financeiras que o país jamais enfrentou. Em decorrência disso, o Governo Federal trabalha fortemente para aprovar medidas de contenção de gastos e, segundo palavras do próprio presidente Michel Temer: “será necessário um sacrifício de toda a nação, e teremos que cortar na “própria carne” para fazer o país voltar a crescer.” Entretanto, parece que os políticos não fazem parte desse pacote de medidas. Os representantes da nação continuam firmes no seu modelo de corrupção. E na iminência das delações premiadas da Odebrecht serem acertadas, - o que pode colocar muitos políticos na mira do Juiz Sergio Moro, - eles parecem ter perdido de vez qualquer resquício de vergonha na cara que um dia tiveram.  Nos últimos dias, os deputados trabalham para tentar aprovar, na calada da noite, a proposta que tipifica o crime de caixa 2, mas anistia os crimes praticados anteriormente, ou seja, é claro o interesse dos deputados em criar um mecanismo para salvaguardar os possíveis citados nas delações premiadas que estão por vir.
Dessa maneira fica difícil o Governo Federal convencer a população a fazer os sacrifícios necessários para vencer a crise. Afinal, deve ser muito fácil ditar leis que vão por em risco o futuro de milhões de pessoas, enquanto eles, os políticos, estão sentados na beira de suas piscinas hollywoodianas e dentro de suas mansões milionárias, adquiridas com o dinheiro do povo. A sociedade pode até estar disposta a se sacrificar, mas não por políticos dessa laia. Em contrapartida, alguns setores da sociedade tem se posicionado firmemente para defender os interesses dos cidadãos. Vez ou outra as atitudes tem sido contraditórias, como greves e paralisações, e não são aprovadas por todos, mas é fato que estão lutando em prol do bem comum, afinal, todos estamos no mesmo barco, e parece que nessa guerra cada um usa as armas que tem em mãos.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Uma breve análise sobre o público no Café

O LEC tem feito uma campanha maravilhosa na Série B e muito acima das expectativas iniciais para esse campeonato. No início na disputa, muitos comentaristas apontavam o Londrina como candidato a brigar contra a queda para a Série C, e os próprios dirigentes do time sempre defenderam que o principal objetivo deste ano era manter-se na Série B. Entretanto, passadas vinte e nove rodadas, o LEC se encontra no G4 do campeonato, e apresenta chances reais de conseguir o acesso à elite do futebol brasileiro. O time ainda tem condições de alcançar o Vasco já na próxima rodada, quando se enfrentam, e brigar por objetivos ainda maiores esse ano, como o título da Série B. Por outro lado, o público da cidade parece não acompanhar a euforia do time. Apenas os mais fiéis torcedores do Tubarão seguem indo com frequência ao estádio, e as médias de público são baixas. A própria torcida presente reclama da falta de apoio por parte da grande maioria dos torcedores da cidade, mas isso não tem sido o bastante para convencê-los a ir para o estádio.
O LEC apresenta uma média de público de 4.116 pagantes até o momento no Campeonato Brasileiro. Isso significa uma ocupação média de apenas 14% do estádio do café. Se comparado a grandes clubes da Série A, este não é um número vergonhoso. O Fluminense leva 6.962 torcedores pagantes aos seus jogos, e o Botafogo, 5.804. A questão é que o Londrina possui um grande estádio à sua disposição, e a torcida tem que se esforçar muito para fazer a diferença no Café. A Falange Azul tem dado conta disso, mas poderia contar com a ajuda de muito mais gente.
O problema de público no estádio não é somente do Londrina. A maioria dos clubes brasileiros enfrenta o mesmo dilema. Trata-se de uma questão cultural, uma vez que grande parte das famílias não tem o costume de frequentar os estádios, seja por temer a violência, pelo preço dos ingressos, ou simplesmente porque não enxergam no futebol, um programa atrativo para a família toda.
Mas como resolver esse problema? A diretoria do Londrina tem feito esforços consideráveis para atrair mais público para o estádio, e tem colhido resultados positivos. O programa sócio torcedor é um deles. Entretanto, parece que pouco tem sido feito para melhorar o espetáculo de maneira geral. Em muitos países, uma partida de futebol é um evento para se desfrutar o dia todo. O LEC pode copiar essa receita e utilizar o Estádio do Café como um grande trunfo, já que o local possui uma enorme estrutura externa para realizar eventos.
Em dias de jogos, a diretoria poderia organizar feiras e exposições no entorno do estádio. A cidade de Londrina possui dezenas de Food Trucks que se reúnem em diversos locais da região. O estádio do Café pode ser mais uma opção nos dias de jogos. Londrina ainda conta com uma variedade enorme de bandas. A diretoria poderia disponibilizar um pequeno palco para que as mesmas se apresentem antes das partidas. Além dessas atividades, poderiam ser oferecidas: Feiras de adoção de animais; apresentações teatrais e de artistas locais; feiras-livres de produtores da região; apresentação de carros antigos; rodas de capoeira; etc.
Nota-se que a grande maioria dessas atividades poderia ser realizada com um custo mínimo por parte da diretoria do LEC, ou através de parcerias, visto que a cidade é carente de espaços para esses eventos. Dessa maneira, o espetáculo, de maneira geral seria melhorado, criando um ambiente além do jogo de futebol, o que poderia atrair mais famílias para o local. Claro que nem todos iriam adentrar ao estádio, mas o simples fato de estarem presentes, criaria uma curiosidade para comprar ingressos e assistir o jogo. E uma vez dentro do Café, ouvindo os cânticos da Falange Azul, e saboreando as emoções que um a partida do LEC proporciona, com toda certeza eles voltariam mais vezes.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Greve dos Bancários

Estamos completando três semanas da greve geral dos bancários. As reivindicações são muitas por parte dos sindicatos e milhares de profissionais cruzaram os braços. Como consequência da paralisação, milhões de pessoas estão enfrentando dificuldades para gerir suas finanças ou sacar seus benefícios. E como sempre, quem mais sofre é a parcela mais pobre da sociedade. Não se sabe o quão longa será essa greve, e as pessoas terão que se virar até que as partes entrem em acordo.
Mas por que existem as greves? Os bancários realmente estão infelizes nos seus postos de trabalho, e estão ficando pobres a cada ano que não recebem reajustes de acordo com o que esperam? O trabalho é pesado demais ao ponto de criar uma instabilidade emocional ou física abusiva e desproporcional? Se esse não for o caso, a solução pode ser muito mais simples do que fazer greves e paralisar o país. Amigos bancários, peças demissão dos seus empregos e procurem algo mais justo e à altura das suas necessidades. Todo ano existe uma greve de proporções iguais a essa ou maiores, e o que fica cada vez mais evidente, é a falta de necessidade de tantos funcionários descontes. Hoje é possível fazer quase tudo sem ir a um banco. Pode-se abrir e fechar contas pela internet; a maioria das transações são feitas pelo celular; não existem mais filas gigantescas como há uma década atrás, pois as agencias estão dispostas às dezenas, uma a cada esquina, nos grandes centros. A população carente ainda não tem acesso a tudo isso, mas por pouco tempo, caso os senhores continuarem a fazer greves tão longas, eles vão se adaptar. Se não estão contentes, simplesmente mudem de vida.
A realidade é que os bancários continuam seguindo as ordens dos sindicatos, que por sua vez são povoados por dezenas de desocupados que apenas sabem fazer exigências aos empregadores, façam elas sentido, ou não. Se a população em geral está descontente com o sistema bancário, e enciumada com os altos lucros que ele embolsa todos os anos, ora, parem de depender dos bancos! Façam suas compras em dinheiro vivo e parem de usar cartões. Deixem de fazer empréstimos e pagar juros abusivos. Livrem-se do sistema. O que não pode acontecer, é a população ficar refém dos luxos dos sindicatos e à mercê do seu humor. Não é possível parar o país porque um setor de trabalhadores está infeliz com sua situação profissional.
Mudem de profissão, abram uma empresa, passem em um concurso. Mas não prejudiquem a população para fazer valer as suas vontades.

https://www.youtube.com/watch?v=7wyPQ0fGShE

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Dilma na iniciativa privada

Nessa quarta-feira, Dilma Rousseff, enfim, foi impedida de comandar o país. Infelizmente a punição ficou pela metade, pois a presidenta não perdeu seus direitos políticos e vai continuar gozando dos confortos que a vida publica propicia. Caso o veredicto final fosse outro, Dilma passaria a ser uma pessoa comum e teria que batalhar no mundo real, e quem sabe, ela não escolhesse a iniciativa privada para sobreviver? Imaginem Dilma Rousseff montando uma empresa e começando a fazer parte da burguesia opressora que usa e abusa dos empregados desse país todo. Seria demais!
Não consigo deixar de imaginar Dilma montando seu novo negócio, afinal, como ela mesma disse, a crise é apenas política. Logo, o mercado está uma maravilha e muito propício para se arriscar no mundo do empreendedorismo.
Imaginem Dilma correndo por cartórios, prefeituras e bancos. Negociando com fornecedores. Imaginem Dilma analisando uma folha de pagamento? - “Nossa, mais tantos encargos?”.
Imaginem a Dilma, puta da vida, com os bombeiros, vigilância sanitária, Sema, ou qualquer outro órgão do governo, por ser obrigada a fazer centenas de adequações no seu novo empreendimento.
Imaginem Dilma frente a frente com um Juiz na Justiça do Trabalho respondendo por uma ação trabalhista. Dilma não poderia falar nada e se sentiria como uma criminosa (ironia e risos, risos, risos). Com certeza as opiniões dela sobre sindicatos e leis trabalhistas mudariam um pouco.
Fico pensando, caso a empresa da Dilma não desse os resultados esperado, o que ela faria. Provavelmente tentarias algumas medidas provisórias para prolongar pagamentos ou ocultar suas dívidas.
Gostaria muito mesmo que Dilma viesse um pouco para o lado de cá. Quem sabe assim, ela entenderia um pouco os desafios que o empresariado enfrenta no dia-a-dia para mover esse país e sobreviver. Vem Dilma, vem!!! 

Dilma na iniciativa privada

Nessa quarta-feira, Dilma Rousseff, enfim, foi impedida de comandar o país. Infelizmente a punição ficou pela metade, pois a presidenta não perdeu seus direitos políticos e vai continuar gozando dos confortos que a vida publica propicia. Caso o veredicto final fosse outro, Dilma passaria a ser uma pessoa comum e teria que batalhar no mundo real, e quem sabe, ela não escolhesse a iniciativa privada para sobreviver? Imaginem Dilma Rousseff montando uma empresa e começando a fazer parte da burguesia opressora que usa e abusa dos empregados desse país todo. Seria demais!
Não consigo deixar de imaginar Dilma montando seu novo negócio, afinal, como ela mesma disse, a crise é apenas política. Logo, o mercado está uma maravilha e muito propício para se arriscar no mundo do empreendedorismo.
Imaginem Dilma correndo por cartórios, prefeituras e bancos. Negociando com fornecedores. Imaginem Dilma analisando uma folha de pagamento? - “Nossa, mais tantos encargos?”.
Imaginem a Dilma, puta da vida, com os bombeiros, vigilância sanitária, Sema, ou qualquer outro órgão do governo, por ser obrigada a fazer centenas de adequações no seu novo empreendimento.
Imaginem Dilma frente a frente com um Juiz na Justiça do Trabalho respondendo por uma ação trabalhista. Dilma não poderia falar nada e se sentiria como uma criminosa (ironia e risos, risos, risos). Com certeza as opiniões dela sobre sindicatos e leis trabalhistas mudariam um pouco.
Fico pensando, caso a empresa da Dilma não desse os resultados esperados, o que ela faria. Provavelmente tentarias algumas medidas provisórias para prolongar pagamentos ou ocultar suas dívidas.
Gostaria muito mesmo que Dilma viesse um pouco para o lado de cá. Quem sabe assim, ela entenderia um pouco os desafios que o empresariado enfrenta no dia-a-dia para mover esse país e sobreviver. Vem Dilma, vem!!! 

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O poder embriaga e vicia.

Nessa madrugada foi dado o golpe de misericórdia na presidenta Dilma Rousseff. Por uma maioria incontestável dos senadores, foi aprovado o início do processo que culminará com o afastamento definitivo da chefe maior do estado brasileiro.
O governo do PT, que agora chega ao seu fim, foi marcado por uma luta desenfreada pela permanência no poder. Já no início da gestão Lula, foram aperfeiçoados todos os mecanismos de corrupção. O Mensalão se tornou artimanha corriqueira em todas as esferas do governo. Pagamentos de propinas passou a ser pré-requisito para empresas ganharem licitações. Desvios de verba começaram a encher os cofres, que em consequência abasteceriam as tão caras campanhas eleitorais.
O PT não inventou a corrupção, apenas aperfeiçoou e montou um projeto de perpetuação de poder. Não queriam jamais deixar de sentir o gosto da tão sonhada chefia da nação. Ficaram embriagados com as bajulações e facilidades que o poder lhes proporcionou. E fizeram de tudo para jamais serem derrubados.
Muitos defendem que o governo petista faz coisas boas para o país. E de fato, essa afirmação procede. Muitos programas sociais são reconhecidos mundialmente e apresentam resultados satisfatórios. Mas tais programas precisam de dinheiro em caixa para se manter. O governo Lula foi beneficiado nos primeiros anos por uma excelente boa fase global, onde muitos países compravam do Brasil, e muitos investidores estrangeiros queria investir seu dinheiro aqui. Isso gerou renda, empregos e crescimento do PIB. Entretanto, essa boa fase acabou. E os petistas, sedentos pela permanência no poder, não souberam lidar com o esfriamento da economia mundial. Continuaram com seus programas, continuaram roubando, continuaram comprando, e no grande teste de capacidade administrativa, que é em meio à crise, o PT foi derrotado. Talvez, não apenas por incapacidade, mas por tomar atitudes populistas que o mercado não admite.
Hoje se inicia o governo Temer que, convenhamos, não é nenhum santo. O novo presidente estava inserido no governo Dilma e é coautor dos desmandos praticados pela presidenta. Mas nesse início de governo, Temer deve fazer uma boa gestão. Conhece os caminhos e tem experiência política para lidar com as barbaridades impublicáveis que acontecem em Brasília. Mas Temer precisa dar respostas ao povo e precisa fazer seu nome, como salvador da Pátria. Temer precisa lapidar sua imagem. Pois só assim, vai ter o poder em mãos. E quando o tiver, vai cometer as mesmas atrocidades que o governo petista, para não deixar a cadeira presidencial. Pois assim é moldado nosso sistema político. Resta lamentar.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Impeachment, todos perdem.

Neste domingo foi votado, e aprovado na câmara dos deputados o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Durante toda a negociação política que antecipou o fatídico ato dos deputados, o Brasil se polarizou, e se transformou numa verdadeira guerra de torcidas organizadas contra e pró a presidente. Após a votação, um lado comemorou e o outro chorou. Entretanto, todos os brasileiros perdem com mais esse episódio lamentável da política tupiniquim. O que se viu na câmara foi mais um show de horrores, que reflete o fraquíssimo grau de capacidade dos políticos em Brasília. Personagens caricatos e extremistas tomaram mãos do microfone e apresentaram nenhum conhecimento técnico da causa, e sim, muito ódio e defesa apenas dos seus interesses, sem nenhuma preocupação com o futuro político da nação.
À presidente Dilma, de mãos atadas, resta aguardar os procedimentos no Senado, mas nada deve salva-la. Talvez, Dilma não tenha as mãos totalmente sujas, nem seja mentora dos desvios que causaram os escândalos que levarão à sucumbência do seu governo, todavia, é fato que ela já não possui nenhuma condição de governar. O presidente da república tem o principal papel de liderar o país frentes aos desafios diários, e para tal, precisa possuir um perfil de liderança, para que todos sintam confiança em segui-lo. Dilma nunca teve esse perfil. Apenas tomou proveito das condições deixadas por Lula, e com isso governou seis anos. Nos últimos meses, Dilma foi traída por sua incapacidade ao tomar medidas trágicas, e por sua falta de dialética ao fazer discursos vergonhosos e sem sentido algum, que ganharam fama nas redes sociais e acabaram com o que restava da sua reputação.
Hoje, o Brasil vive seu segundo processo de impeachment em menos de trinta anos da nova constituição. É algo impensável em países desenvolvidos cultural e politicamente. Entretanto, não é muita novidade por aqui. O país paga caro por ser uma criança, no que diz respeito à história e desenvolvimento. O Brasil sofreu durante centenas de anos, com os abusos das potências colonizadoras que apenas levaram as riquezas de suas terras. Durante esse período, nenhum investimento considerável foi feito por aqui. Hoje, o que se vê na população é um grau de cultura lamentável, quase nenhuma noção ética e representantes políticos que em nada diferem dos seus eleitores.
Talvez esse triste processo que o país enfrenta seja necessário para seu desenvolvimento como nação. Se fosse quinhentos anos no passado, o país estaria em plena guerra civil, com a sociedade em caos e muitas vítimas. Muitos países passaram por isso. Aos tempos atuais, e à passividade desse povo, não cabe mais esse tipo de ação, e resta ao brasileiro acreditar que, dessa guerra política, sobrem bons frutos para se colher num breve futuro.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Moro vai seguir a carreira política!

O Juiz Sérgio Moro jogou tudo no ventilador com a publicação de escutas telefônicas do, agora, Ministro Lula e da presidente Dilma Rousseff, dentre outros parceiros políticos. Essa atitude, aparentemente foi um desabafo frente aos desmandos e falta de vergonha na cara que o sistema político e legal brasileiro propicia aos que detém o poder. Muitos juristas e comentaristas políticos consideram as escutas e, principalmente, sua liberação para a imprensa uma manobra ilegal e até inconstitucional. Entretanto, não é de se admirar que o Juiz Sérgio Moro esteja estarrecido e desacreditado com a justiça brasileira. Ou será que alguém em sã consciência acredita que o STF vai julgar e punir Lula, Dilma e toda a sua corja com o rigor que se faz necessário?
Essa manobra de Moro foi claramente política, mesmo que não seja totalmente legal ou constitucional. Ele se viu acuado e sem alternativas quando a presidente Dilma usou outra manobra, essa sim, “legal”, para proteger seu padrinho político. Moro, que trabalhou arduamente no processo da Lava-Jato, teve, de um dia para o outro, todo o seu trabalho tirado das suas mãos, e junto com ele, qualquer perspectiva de justiça. Restou a ele, escancarar publicamente toda a podridão que testemunhou durante as investigações.
Depois dos ocorridos, talvez, Moro seja penalizado e sofra as consequências, mas tenho certeza que ele já sabia disso quando tomou essa importante decisão. O Juiz Moro fez de tudo para fazer com que as leis fossem cumpridas, mas não se pode mais acreditar nas leis brasileiras. É claro e legitimado o processo da criação de leis para favorecer corruptos no Brasil. Os políticos pavimentam os caminhos para proteger a si próprios das suas falcatruas e corrupções que acometem enquanto estão com o poder nas mãos.
O Juiz Sérgio Moro é hoje o ultimo pilar de sustentação de fé do brasileiro na justiça, legalidade e honestidade, e por incrível ironia, ele já não pode acreditar nas leis brasileiras. Mas ele sabe que as leis existem, e nem sempre são criadas para se fazer justiça. Resta agora a Sérgio Moro abandonar sua carreira de Juiz, e partir para a política, para lutar por uma reformulação total no sistema legislativo brasileiro. Tem meu voto!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Livre comércio de serviços

O Brasil vem enfrentando uma série de manifestações e confusões nos grandes centros, onde taxistas se mostram revoltados com a atuação do Uber, um sistema maravilhoso de serviços de carona que levam pessoas de um local ao outro prestando um serviço muito melhor que o taxi convencional - e por um preço relativamente mais baixo. Ao mesmo tempo, milhares de pessoas vão às ruas reclamar dos aumentos de passagens de ônibus, vans, trens e metrôs, que todos os anos inflacionam incrivelmente, e muitas vezes sem prestar as devidas contas. Além desse contexto, somos obrigados a pagar todos os dias por serviços controlados pelo governo, que limita a um número, que ele considera ideal de prestadores para regular o mercado.
O Governo não tem, sequer, a capacidade de gerir suas tarefas mais básicas, como saúde, educação e segurança, mas ao mesmo tempo quer travar o livre comércio nesses setores que são de suma importância para o cidadão comum.
Qual o problema do Uber? Ele vem agregar e melhorar o sistema de transportes, fazendo com que as pessoas utilizem menos seus veículos próprios. Por que não existem empresas alternativas de transporte de passageiros em ônibus? Seria muito mais fácil abrir a concorrência e liberar aos empreendedores colocar mais ônibus nas ruas trabalhando em rotas que tenham demandas, e dessa maneira oferecer serviços melhores e mais baratos. Por que temos que ir a um cartório e pagar sete reais apenas para reconhecer uma assinatura? Com as maravilhas da tecnologia poderiam existir mais empresas responsáveis por organizar e registrar esses documentos, mantendo banco de dados online e acessíveis por qualquer pessoa.
O livre comércio é senhor de si próprio, e se molda sempre em favor do consumidor. Não existem preços abusivos quando não existe regulação, burocracias ou cartéis. Quando as empresas tem que brigar de maneira igual pelo cliente em potencial, sempre vai vencer o menor preço, ou o melhor custo-benefício. Dessa maneira, quem ganha é sempre o consumidor!