terça-feira, 18 de setembro de 2012

Corruptismo


Monarquia, Socialismo, Presidencialismo. No meio de tantos modelos de governo, parece que o Brasil resolveu inventar o seu próprio, o Corruptismo. Prova disso são as incontestáveis evidências que estão surgindo de que o grande chefe do Mensalão sempre foi  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula, este homem amado por muitos e odiado por tantos, mas que é dotado de um carisma e poder de liderança incontestável. Comandou o país durante oito anos. Obteve vitórias, derrotas e foi a cara do Brasil no mundo. Fez parcerias com países emergentes e alianças com as maiores potências do mundo. Foi destacado e elogiado por lideres mundiais. Transformou-se num ícone.
Mas a que preço?
Não saiu imune aos escândalos de corrupção e está prestes a ter seu nome oficialmente incluído num dos maiores processos de corrupção - como ele mesmo gostava de dizer - nunca antes visto na história desse país. Culpado ou inocente, só o tempo vai nos dizer, mas a princípio me parece mais refém do que qualquer outra coisa. Refém do vergonhoso sistema de governo do nosso país, onde os homens públicos se corrompem ou não conseguem chegar a lugar algum.  Entramos num círculo vicioso onde só o sistema ganha, só os bandidos tem palavra, e os que tentam nadar contra a maré acabam devorados pelos tubarões da barganha.
O mais trágico é que a cada dois anos o povo tem a oportunidade de começar uma mudança neste triste cenário. No dia das eleições ele detém o poder e pode punir, já que a justiça não o faz. Mas ao invés de fazer uso dessa importante - e talvez a única – ferramenta, acaba por reeleger os mesmos criminosos.
É um jogo de cartas marcadas no qual os personagens principais se perpetuam no poder, e o Corruptismo reina absoluto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário