terça-feira, 8 de outubro de 2013

É mais fácil bater.

A onda de protestos segue firme no Brasil. Inúmeros prestadores de serviços estão em greve, e alguns continuam nas ruas a protestar. O que marca as manifestações é a onda de violência que segue acontecendo na maioria dos eventos. Uma mistura de vandalismo com falta de preparo das autoridades faz com que os enfrentamentos se tornem inevitáveis.
Por parte da população é, no mínimo, compreensível a revolta. São décadas sendo roubada pelos políticos num silêncio assustador. Os escândalos de corrupção são inúmeros, a impunidade constante e os serviços públicos cada vez mais precários. Uma hora a bolha iria estourar, e agora todos querem dar seu grito de revolta. As autoridades por sua vez ficam entre a cruz e a espada. Muitos deles com certeza apóiam os protestos, mas são subordinados e tem que seguir ordens dos escalões mais altos. E o mais alto deles é a politicagem. As ordens devem ser das mais específicas: Combater qualquer tipo de manifestação, se necessário com armas em punho. É mais fácil marginalizar e tirar a legitimidade dos protestos do que solucionar os problemas que motivaram os mesmos.
O que mais assusta, entretanto, é o silêncio do governo. Mesmo com os caos instaurado nas ruas, nenhuma atitude eficaz é tomada. A presidenta está ocupada com a mágoa motivada pelas espionagens americanas e não consegue arrumar tempo para cuidar do seu próprio quintal. Quando vai a eventos públicos é vaiada, e acaba chamando o público de mal educado, caindo em total contradição, pois esquece que é o seu governo o responsável por prover tal educação.
O governo se protege. Coloca seguranças ao redor do Palácio do Planalto e a cavalaria nas ruas. O povo fica cada vez mais impaciente, pois além de ser feito de palhaço, agora também apanha e é humilhado. Ninguém ainda tem idéia exata de onde isso pode parar. Eu tenho medo, mas uma coisa é certa, o povo quando quer tem o poder nas mãos e faz mudanças acontecerem. A história e o presente provam isso, falta o Brasil, mais uma vez, provar também.

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