A
onda de protestos segue firme no Brasil. Inúmeros prestadores de serviços estão
em greve, e alguns continuam nas ruas a protestar. O que marca as manifestações
é a onda de violência que segue acontecendo na maioria dos eventos. Uma mistura
de vandalismo com falta de preparo das autoridades faz com que os
enfrentamentos se tornem inevitáveis.
Por
parte da população é, no mínimo, compreensível a revolta. São décadas sendo roubada
pelos políticos num silêncio assustador. Os escândalos de corrupção são
inúmeros, a impunidade constante e os serviços públicos cada vez mais
precários. Uma hora a bolha iria estourar, e agora todos querem dar seu grito
de revolta. As autoridades por sua vez ficam entre a cruz e a espada. Muitos
deles com certeza apóiam os protestos, mas são subordinados e tem que seguir
ordens dos escalões mais altos. E o mais alto deles é a politicagem. As ordens
devem ser das mais específicas: Combater qualquer tipo de manifestação, se
necessário com armas em punho. É mais fácil marginalizar e tirar a legitimidade
dos protestos do que solucionar os problemas que motivaram os mesmos.
O
que mais assusta, entretanto, é o silêncio do governo. Mesmo com os caos
instaurado nas ruas, nenhuma atitude eficaz é tomada. A presidenta está ocupada
com a mágoa motivada pelas espionagens americanas e não consegue arrumar tempo
para cuidar do seu próprio quintal. Quando vai a eventos públicos é vaiada, e
acaba chamando o público de mal educado, caindo em total contradição, pois
esquece que é o seu governo o responsável por prover tal educação.
O
governo se protege. Coloca seguranças ao redor do Palácio do Planalto e a
cavalaria nas ruas. O povo fica cada vez mais impaciente, pois além de ser
feito de palhaço, agora também apanha e é humilhado. Ninguém ainda tem idéia
exata de onde isso pode parar. Eu tenho medo, mas uma coisa é certa, o povo
quando quer tem o poder nas mãos e faz mudanças acontecerem. A história e o
presente provam isso, falta o Brasil, mais uma vez, provar também.
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