Chegou ao fim a primeira fase da Copa do Mundo no
Brasil. Depois de tantas discórdias, contratempos e escândalos, o torneio se
mostrou digno dos maiores elogios. Para isso, esqueça os bastidores e foque
apenas no verdadeiro motivo de existir um campeonato assim, o futebol.
Trinta e duas seleções chegaram por aqui e apresentaram
em campo o ápice do espetáculo futebolístico. Numa Copa onde o modelo de
disputa privilegia a essência do futebol arte, não sobrou espaço para a
burocracia na qual o futebol moderno se encurralou. Numa Copa do Mundo, o
empate nunca é um resultado favorável, e esse ingrediente faz com que os times
lutem arduamente pela disputa da bola e pela conquista do gol. Até o momento
ninguém segurou o resultado. Os times partiram para cima do adversário apenas
buscando o real objetivo do esporte, a bola no fundo da rede.
Seleções com grande história e magia enfrentaram seleções
pequeninas no nome, mas enormes na garra e determinação. Muitas acabaram
surpreendidas pelo imponderável. E isso torna o futebol o esporte mais
maravilhoso que existe. Quando onze contra onze estão dentro das quatro linhas,
o inesperado corriqueiramente acontece. Foi assim que no chamado grupo da
morte, formado por três seleções campeãs mundiais e cheias de craques
internacionais, uma coadjuvante, a Costa Rica embasbacou o mundo derrubando
gigantes e ganhou a fama de grande zebra da Copa até o momento. É impossível
prever até onde ela vai, mas é certo que já entrou para a história do esporte e
levou muitas alegrias ao seu povo. Foi
assim que a atual campeã entrou em campo mais com nome do que com futebol e deu
adeus ao torneio logo após sua segunda apresentação. É assim o futebol, uma
saudação ao inesperado.
Fica marcada ainda a grande recepção e festa do povo
brasileiro, aquele que sorri frente a frente com os contratempos e nunca se
nega em estender a mão a um desconhecido. Alguns chamam essa de “A Copa das Copas”, e
talvez realmente seja. Ao menos até o momento é a Copa do futebol arte, da
determinação e da alegria. Os brasileiros tem muito a reclamar do seu governo,
dos desvios de verbas e da corrupção. Mas nada disso deixaria de existir, com
ou sem a Copa. O que fica então é a saudação a esse esporte tão maravilhoso,
que une desconhecidos e premia os determinados e os predestinados. O esporte
dessa terra, chamada país do futebol. Começa agora a segunda fase, e tenha
certeza, muita luta, surpresas e heroísmos acontecerão. Viva o Futebol!
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