sexta-feira, 10 de setembro de 2021

A esquerda odiou!

 



Jair Messias Bolsonaro: você pode odiá-lo ou amá-lo, mas não pode negar que é um político, no mínimo, incomum. O homem é fora da caixa, ou talvez seja simplesmente do contra, e mais uma vez tirou uma carta da manga inesperada por todos. No momento em que ele teve ao seu dispor a maior manifestação de apoio ao seu governo, talvez de qualquer governo desse país, e em um momento que todos esperavam uma ação enérgica e até na base da força, ele simplesmente decidiu apaziguar os ânimos e abrir uma via de diálogo com seus inimigos declarados.

Até ontem, existiam dois grupos que gostariam de uma ação forte do Presidente: seus apoiadores mais fervorosos e a extrema esquerda. Os primeiros, por achar que só assim se chegaria ao fim de um sistema de poder que domina o país e as instituições, os opositores, por terem a certeza de que, quanto mais extremo o Presidente fosse, mais seu capital político aumentaria. Somente com um fantasma em quem bater é que a esquerda teria alguma chance nas eleições do ano que vem. Lula precisa de um Bolsonaro extremista para justificar sua volta ao poder, e agora, pelo menos hoje, não tem mais esse coringa disponível. Podem fazer o maior malabarismo intelectual, mas não podemos chamar Bolsonaro de golpista, hoje. Alguém que nos seus discursos, pede pelo respeito à constituição e dá o primeiro passo para o diálogo entre os poderes, não pode ser golpista.

Essa nova e surpreendente ação, uma carta se retratando pelos excessos, não há de ter saído de graça. Certamente muita conversa houve nesse meio tempo e deveremos ver novidades nos próximos dias, que, talvez, mudem todo o cenário. Simplesmente não faz sentido algum, após as manifestações do dia 07 de Setembro, Bolsonaro recuar totalmente e se entregar de mãos beijadas aos opositores. Entretanto, é inconcebível para a realidade do país um presidente abrir guerra em tantas frentes ao mesmo tempo. Não dá pra brigar com o STF inteiro, e por conseqüência com os deputados e senadores, pois esses jamais apoiariam um golpe em qualquer poder. A única solução seria um golpe generalizado, e convenhamos, esse tipo de golpe só é possível de existir em países com sua estrutura democrática e econômica em níveis de formação. Em países mais estruturados, onde já existe um robusto setor de conglomerados empresariais, bancário e de produção, não há espaço para golpes como alguns sonhavam. Ninguém quer pagar o preço dos efeitos colaterais danosos de uma situação assim. Nem Bolsonaro.

Realmente foi uma carta inesperada e surpreendente. E, para o curto prazo do país, certamente foi a melhor escolha. Ao se analisar o risco de negociar com o sistema, não há como negar: é extremamente temeroso politicamente. Essa mesa de negociação é suja e ardilosa. Provavelmente, Bolsonaro acaba de abrir mão dos seus planos de reeleição e tentará terminar seu mandato com capacidade de indicar um sucessor. Esse novo cenário abre, agora sim, chances para uma terceira via, com muitas possibilidades de ser alguém do centro. Para o país, pode ser uma boa alternativa. De qualquer maneira, se Bolsonaro se mantiver com essa postura, estará salvado a nação da volta da esquerda ao poder. E só isso, somente isso, já é um ato de heroísmo digno de elogios. O centro, apesar de ser formado pelos políticos que tem mais apetite pelo poder, não é tão insensato como os esquerdistas, pois eles sabem que para ter paz política, é preciso um país estável e próspero. Muito ao contrário da esquerda, que leva o povo à miséria para depois escravizá-lo. Sejam quais forem os acontecimentos das próximas semanas, uma coisa é certa: ficou tudo muito interessante! De qualquer maneira, se a esquerda está nervosa com o que o presidente fez, é sinal de que vai ser bom para todo o povo brasileiro.

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