domingo, 26 de junho de 2022

Os comerciantes estão sozinhos.


Na sexta-Feira da semana passada tivemos, em Londrina, o feriado do Sagrado Coração de Jesus, que acontece sempre na sexta-feira subsequente ao feriado nacional de Corpus Christi. Durante a semana o comercio de Londrina viveu mais um dos costumeiros dilemas aos quais é submetido em todas as datas similares no calendário: comerciantes sem saber se poderiam abrir as lojas, empregados sem saber se teriam que trabalhar e clientes sem saber se teriam o que comprar.  

Somente existência desse feriado nessas condições bem específicas já é uma falta de respeito com a população da cidade. Um feriado programado para cair numa sexta, bem na semana seguinte onde já tivemos outro feriado. E para complicar mais, a ACIL, instituição da cidade que deveria prezar pelos interesses dos comerciantes, deu mais um show de incompetência e amadorismo. Durante toda a semana do feriado, passou discutindo detalhes e decidindo se o comercio abria ou não. É tão amadora essa situação que fica até difícil criticar. Então vamos pensar como deveria ser feito: A ACIL deveria ter esse calendário já planejado e bem estipulado desde o começo do ano, no mínimo! E para incentivar o consumo poderia criar campanhas e promoções juntos aos comerciantes. Mas não. A instituição sequer sabe se o comercio vai poder abrir e deixa para decidir tudo em cima da hora. O resultado não poderia ser pior. As lojas abriram, os clientes não foram e ficou todo mundo descontente. Os comerciantes ainda em situação pior, pois terão que arcar com os custos inflados pelas horas extras.  

Não é segredo que o comercio de Londrina enfrenta sérias dificuldades. Mas é uma tristeza que estejam tão abandonados e solitários nessa luta. A ACIL não somente deve se profissionalizar para fazer um trabalho decente, como tem que rever junto aos vereadores a necessidade desse feriado. Um pequeno comercio tem por mês aproximadamente 25 dias uteis para trabalhar. O máximo que o calendário permite são 26 dias. Pois bem. As pequenas empresas trabalham cerca de 23 ou 24 dias apenas para pagar os custos e despesas, sobrando 2 ou 3 dias para fazer algum lucro (as que estão lucrando). Toda vez que temos feriados, a saúde financeira dessa empresa é extremamente prejudicada, pois as vendas não são acumuladas em outros dias. Portanto é necessário que o município reveja suas prioridades a fim de planejar adequadamente o futuro da cidade. E a ACIL já passou da hora de começar a fazer um trabalho profissional e responsável. Não é possível que seja uma instituição tão amadora ao ponto de não planejar adequadamente um simples feriado municipal. Até que isso não aconteça, os comerciantes continuarão sozinhos na sua luta. 

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