Todo
início de ano é a mesma coisa: muitos fãs aguardando o Big Brother Brasil, e
muitos inconformados por um programa tão fútil ganhar um destaque de tamanhas
proporções. Esse ano não foi diferente, entretanto o programa tem recebido uma
atenção extra, inclusive daqueles que sempre repudiaram a atração. Entre os
fatores que inflam a audiência estão as discussões acaloradas sobre temas em
grande debate atualmente, como preconceito, racismo, abuso, machismo e
sexualidade. Também chama a atenção a transparência com que os participantes
são expostos, ficando claro seus interesses, estratégias, e como se utilizam de
temas que são tabus sociais para ganhar vantagem e manipular psicologicamente
os demais. O grande expoente desses “estrategistas” é a cantora Karol Conká. A
participante faz um verdadeiro terror psicológico na cabeça dos seus
companheiros de casa. Manipula, conspira, trai, tira proveito, faz tortura
psicológica, mente, cria narrativas e situações e tem feito um verdadeiro
reboliço dentro da casa. Por ser assim, e por suas ações serem tão claras para
o público que observa de fora da casa, Karol passou a ser odiada por quase
unanimidade nas redes sociais e é grande o apelo popular pela sua eliminação ou
até mesmo expulsão. Mas uma questão fica: Se ela consegue enganar seus
adversários, como seria se não tivéssemos as câmeras para mostrar a realidade?
Seriamos manipulados facilmente por ela também?
A verdade
é que Karol faz um favor a todos mostrando claramente seus lados mais obscuros.
Mostra como pessoas podem ser ruins e manipuladoras, se escondendo atrás de um
personagem carismático e com status social. Ela ainda escancara a loucura que
vivemos atualmente, com pautas extremamente legítimas sendo utilizadas para
alguns ganharem vantagens ou manipular as pessoas e a opinião pública. Não é de
agora que se aproveitam de temas como racismo, preconceito, feminismo, e
diversos abusos para ganhar destaque ou para cancelar adversários. Também está
cada vez mais insuportável o clima de acusação constante, como se brancos
devessem pedir desculpas a negros o tempo todo pelo histórico escravocrata que
o Brasil carrega, ou a comunidade LGBT que tenta empurrar sua sexualidade goela
abaixo de quem é heterossexual, tentando até mesmo que as palavras dos
dicionários sejam revisadas, assim como os pronomes, segundo eles, para evitar
qualquer tipo de preconceito. Personagens históricos ou programas de TV e
filmes estão sendo cancelados ou revisados pela patrulha social, que o tempo
todo aponta o dedo para uma nova vítima e faz campanha para que a história seja
apagada e esquecida, ou para que a reputação de pessoas sejam destruídas, se
esquecendo que a história é importante para aprender lições e não repetir
erros, e que a opinião das pessoas é essencial para a democracia, por mais que
sejam discordantes. É a indústria do cancelamento!
A grande
verdade é que ninguém aguenta mais essa campanha progressista que procura o
tempo todo importunar a vida das pessoas. Todos reconhecem e se preocupam com
as desigualdades sociais e com abusos de todos os tipos, mas as pessoas buscam
tranquilidade e paz, e não gostam de ser acusadas e forçadas a mudar
comportamentos e costumes o tempo todo. Nesse ponto, Karol Conká e o BBB estão
ajudando a mostrar, até mesmo para os mais adeptos dessas pautas, o quão
insuportável eles são. Estão notando como os temas pelos quais dizem lutar,
podem facilmente ser manipulados e usados por pessoas que tenham más intenções,
como políticos, artistas e influenciadores. Estão vendo inclusive, que seus
ídolos e referências, não são bem os melhores exemplos de caráter, ética,
igualdade e justiça social que pregam. Esperamos que aprendam com essa dura
lição, assimilem o tapa na cara, e passem a ser mais compreensivos e menos
ditadores de regras, pois essa pressão constante somente deslegitima essas
lutas, que sim, tem grande importância e relevância social, mas tudo tem limites.
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