terça-feira, 29 de outubro de 2024

O Discurso Que Não Foi Feito.

 


Agradeço imensamente a todos os jornalistas que votaram no meu nome para receber hoje a Bola De Ouro. É um grande reconhecimento a uma temporada onde me esforcei muito para render o máximo e ajudar meus companheiros a conquistar títulos e fazer apresentações perfeitas. Me sinto muito honrado em receber o reconhecimento de todos vocês. Muito obrigado, de coração. Mas hoje, é preciso fazer justiça.

Em um mundo tão cruel, violento e injusto. Com tantas guerras, pobreza e com tantas pessoas sendo injustiçadas por decisões de pessoas que sequer as conhecem, nós, do alto dos privilégios que o futebol nos proporciona, sentados em poltronas confortáveis e muito bem alimentados, não podemos abaixar a cabeça frente a uma evidente injustiça: eu não mereço esse prêmio. Ao menos, não nessa temporada. Existe alguém que merece mais.

Como eu já disse, fiz o meu máximo. Mas esse ano, um jogador fez mais do que eu. Ainda que o julgamento hoje tratasse apenas sobre futebol, eu não ganhei a Champions League, que é o maior campeonato de clubes. Mas além disso, também não enfrentei algumas dificuldades que meu colega de profissão, Vinícius Júnior, enfrentou. Eu nunca estive frente a frente com situações de torcedores raivosos me xingando por motivos alheios ao que acontece dentro de campo, como por exemplo a cor da minha pele. E sequer enfrentei o julgamento da sociedade por reagir a isso. E não tenho ideia de como reagiria. E isso precisa acabar.

Portanto, preciso reconhecer que, mesmo tendo atuações individuais que, concordo, nos colocaram em pé de igualdade para disputar esse prêmio, creio que o Vinícius teve momentos melhores, conquistas maiores e desafios mais grandiosos. Por isso hoje, mesmo sabendo que isso pode significar minha ausência nessa disputa pelo resto da minha carreira, eu abro mão desse prêmio, e o deixo nesse palco. Muito obrigado a todos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Sociedade de Medíocres


Pedro Cardoso eternizou um dos malandros mais carismáticos da história da TV brasileira, o taxista Agostinho Carrara, na série televisiva “A Grande Família”. Mas hoje, quem chama a atenção na mídia não é mais o personagem, e sim o ator. Pedro coleciona dezenas de entrevistas onde simula ter um conhecimento quase que filosófico sobre questões sociais e é seguido por uma manada de fãs que levam muito a sério suas opiniões. Infelizmente a maioria delas são fundamentadas na insanidade marxista que domina a mente de boa parte dos artistas brasileiros.

Em um dos seus mais recentes vídeos que viralizou, Pedro é questionado por Marcelo Tas sobre a riqueza que acumulou enquanto deu vida ao seu mais famoso personagem. Segundo ele, não foi possível acumular uma economia para “não precisar mais trabalhar” pois quem ficou rico de verdade foi a Rede Globo de Televisão, se utilizando do princípio da “mais valia”, o que ele considera injusto. Lamenta ainda que “precisa vir ao Brasil para trabalhar” pois depende “disso” para sobreviver.

Pedro é mais um dos filósofos de CCH que apresentam seus pensamentos completamente utópicos em círculos de alienados, onde almejam uma sociedade sem qualquer diferença de classes, justa e igualitária. Se utilizam do falecido conceito marxista de “mais valia” para acusar empresas e empresários capitalistas de tomar para si os frutos do trabalho de toda uma população de explorados, ficando com os lucros e dividindo apenas algumas migalhas. Mas esses “pensadores” nunca oferecem um modelo funcional para a sociedade contemporânea, até mesmo porque o socialismo que tanto defendem sempre fracassou.

O mais grave na fala de Pedro é que ele diz considerar que a relação entre empresas e empregados “produz pobreza”. Um flagrante absurdo para qualquer pessoa que estude por 10 minutos a geração de riqueza nas sociedades capitalistas e a melhoria de vida que ela proporcionou para a população. A pobreza é um estado inerente ao ser humano e somente o capitalismo, através da livre troca de bens e serviços, foi capaz de gerar prosperidade exponencial no mundo. Sem o capitalismo ainda viveríamos em feudos e pequenas vilas lutando diariamente para sobreviver através da caça, pesca e agricultura de subsistência. Jamais o mundo acomodaria oito bilhões de habitantes nesse modelo, que é completamente impraticável em larga escala.

Pedro parece não entender que toda ação de empreendedorismo vem acompanhada de risco, e por causa disso, premia mais quem sai na frente, têm ideias revolucionárias ou coragem de arriscar seus bens em troca de benefícios. Quase todas as biografias de grandes personalidades que geraram muita riqueza, têm um ou mais desses componentes – exceto os que se utilizaram da intervenção estatal para escalar socialmente. Mesmo a Rede Globo de Televisão, que se utilizou (e muito!) de benefícios estatais para construir seu império têm méritos próprios, pois foi capaz de revolucionar o modo de fazer entretenimento no Brasil, produzindo obras grandiosas e financiando muitos artistas para que pudessem trabalhar em seus projetos, inclusive o próprio, e ingrato, Pedro Cardoso.

É curioso imaginar a sociedade que Pedro Cardoso almeja. Se o objetivo for implantar a igualdade social completa, eliminar-se-á no processo a variável da recompensa obtida frente aos riscos envolvidos no ato de empreender, pois os empresários terão que dividir os lucros de maneira igual com os trabalhadores. O resultado óbvio é uma sociedade onde ninguém se sentirá motivado para produzir ou se arriscar mais do que a média geral, dando fim ao empreendedorismo e ao esforço em busca de méritos. Uma sociedade de medíocres.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Viva la Revolución

 



O Brasil passou recentemente por mais uma “festa da democracia”. O dia em que toda a população é convocada para ir às urnas e escolher seus representantes. A cada eleição o que se espera em um país com milhões de pessoas reclamando da situação atual é um grande movimento de revolta e de mudança, mas curiosamente no Brasil isso nunca acontece. Mais uma vez vimos a perpetuação no poder de muitos políticos com histórico de corrupção e escândalos. Houve alguma mudança, mas em um grau muito aquém do necessário. Será que o Brasil tem jeito?

Abraham Maslow, em seu artigo “A teoria da motivação humana” descreveu os fatores que motivam as pessoas, o qual foi adaptado posteriormente por Charles McDermid para a figura de uma pirâmide. Na base se encontram os fatores mais básicos e fisiológicos, como respiração, comida, água e sexo, e no grau mais alto se encontram os fatores de realização pessoal como moralidade, criatividade e solução de problemas. Baseado nessa teoria podemos começar a compreender os motivos da população brasileira ser tão inerte frente aos atos dos seus representantes.

O Brasil é basicamente um grande oásis no Planeta Terra. Existe abundância de tudo. Basta um breve passeio pelas estradas do sul do país para que se possa contemplar quilômetros infinitos de plantações que produzem o ano todo. No centro-oeste ocorre o mesmo, mas com criações de cabeças de gado contadas aos milhões. No solo existem riquezas infinitas e a maior reserva de água doce do mundo. O clima é ameno durante todo o ano e, salvo alguns eventos isolados, nunca se vê situações extremas como grandes tempestades, terremotos ou ciclones. Furacões e vulcões não existem em terras brasileiras, muito menos nevascas e ou temperaturas desérticas. Portanto, é muito fácil viver no Brasil, pois todas as necessidades básicas da pirâmide de Maslow são facilmente atendidas. E, acredite, grande parte da população se contenta somente com o básico.

Os políticos brasileiros têm completa consciência do estado de satisfação da população e trabalham apenas o mínimo para manter as necessidades básicas atendidas com um tempero de muito samba e carnaval para entreter. Por outro lado, focam a maior parte dos seus esforços em projetos pessoais para se manterem no poder. Quando algo foge ao cotidiano miserável da massa brasileira e algum grande escândalo de corrupção ou crise financeira vêm à tona, a população ensaia manifestações como as que vimos nos últimos anos, sempre pacíficas, o que é um pudim de leite condensado para o establishment.

Historicamente, somente manifestações sangrentas e situações de guerra civil foram eficientes para dar fim a projetos de poder ditatoriais ou abusivos que colocam a população como refém dos poderosos. Um exemplo recente é a revolução Ucraniana, chamada de Euromaidan. Não há a mínima possibilidade de que algo em grau similar ocorra no Brasil, com a população verdadeiramente revoltada e disposta a se sacrificar por uma causa. Essa conclusão pode ser comprovada avaliando-se o próprio subconsciente do leitor que acompanha esse texto. Pense: Você sacrificaria sua vida ou a de seus próximos para lutar contra o poder estabelecido pelos políticos no Brasil? Estaria na frente de batalha para tomar os primeiros tiros? Eu não!

 


segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Debate com o ChatGPT. Tema: A importância do tamanho do Estado



ChatGPT: Vou defender a importância de um Estado robusto e atuante, enquanto você defende a redução do tamanho do Estado. Podemos começar pelo papel do Estado na economia e na prestação de serviços essenciais.

Você quer começar expondo seus argumentos?


EU: Históricamente o estado foi organizado com o objetivo de manter a ordem e o bem estar social. Mas na verdade ele serve apenas para manter sua estrutura de poder e gerar benefícios para aqueles que detem o poder sobre a população. Enonomicamente falando, o estado não gera riqueza alguma, apenas consome. Quem gera riqueza é a população através do trabalho e da iniciativa privada, que investe fundos e tempo para criar produtos e serviços visando lucrar, mas têm como consequencia a maior oferta de bens, serviços e facilidades para a população. O estado até tem alguma importancia nos investimentos quando se trata de áreas que precisam de um alto investimento para ser iniciadas, como a comunicação ou geração de energia, mas acaba perdendo em eficiência frente a empresas privadas quando tais setores já estão estruturados. Não defendo o fim completo do estado na economia, mas sim sua redução ao mínimo necessário para gerir a sociedade e mantê-la organizada.


ChatGPT: Seu argumento é bem embasado na perspectiva de que o Estado, na sua forma mais essencial, deveria existir apenas para manter a ordem e fornecer estrutura mínima para a sociedade funcionar, permitindo que a iniciativa privada se encarregue do restante.

Agora, do ponto de vista da defesa de um Estado mais robusto, eu argumentaria o seguinte:

Embora seja verdade que a iniciativa privada tem um papel essencial na criação de riqueza e na inovação, o Estado é fundamental para corrigir falhas de mercado e garantir o acesso universal a bens e serviços essenciais. Muitas vezes, o setor privado pode priorizar o lucro acima de tudo, o que resulta em exclusão ou desigualdade, especialmente em áreas como saúde, educação e segurança. Nessas áreas, a presença do Estado é crucial para garantir que todos, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham acesso.

Outro ponto é a função redistributiva do Estado. Em sociedades com grande desigualdade econômica, a falta de um Estado forte pode exacerbar as disparidades, concentrando poder e riqueza nas mãos de poucos. Políticas públicas que promovam igualdade de oportunidades e redistribuição de riqueza são necessárias para manter a coesão social, e o setor privado, por si só, não tem incentivos para isso.

Além disso, em crises, como vimos em momentos de pandemia ou desastres naturais, o Estado é muitas vezes o único capaz de organizar respostas rápidas e de larga escala. A ausência de um aparato estatal robusto poderia levar ao colapso social nesses momentos.

Como você responderia a essas questões? Em particular, como o setor privado, focado no lucro, pode garantir justiça social e igualdade de oportunidades?


EU: Historicamente o estado nunca foi capaz de gerar igualdade social com qualidade de vida. Nos países onde o estado foi muito atuante, como nos regimes comunistas, o que se viu foi igualdade social, mas com toda a população igualmente miseravel. Devemos considerar que o estado natural do homem é a miséria, pois nasce sem nada e pelado. Somente quando conhecemos a economia de livre mercado foi possível ver uma crescente na geração de renda geral da população. Claro, com desigualdades, pois todos são diferentes entre si. Mas é um fato que hoje, nos países onde existe menos interferência do estado, toda a população vive melhor do que antes da existencia do capitalismo e certamente melhor do que em países onde existe um estado extremamente grande como nos países comunistas ou até mesmo no Brasil. Sobre a pandemia, é necessário salientar que todas as soluções foram criadas por empresas privadas, ou seja as vacinas. O estado apenas foi o causador de caos sociais trancando as pessoas em casa contra sua vontade, o que causou aumento da pobreza, fechamento de empresas e depressão, visto que o vírus se espalhou da mesma maneira, ou seja. Não houve resultados positivos na tuação do estado.


ChatGPT: Você trouxe pontos históricos e econômicos importantes, especialmente ao mencionar os regimes comunistas e os problemas que muitos enfrentaram em tais contextos. De fato, as economias de mercado provaram ser mais eficientes em termos de geração de riqueza, e nos países onde há menos intervenção estatal na economia, a iniciativa privada realmente promove inovação e crescimento. Isso não se pode negar, e as ineficiências em sistemas de controle estatal excessivo, como na União Soviética ou em outras economias comunistas, foram evidentes.

Agora, quanto ao seu argumento de que a igualdade social promovida por Estados grandes resulta em miséria coletiva, eu concordo que os extremos do controle estatal podem levar a essa realidade. Contudo, existe uma gama entre um Estado mínimo e um Estado totalitário. Nos países nórdicos, por exemplo, há uma presença estatal considerável, mas isso não resultou em miséria. Pelo contrário, esses países têm altos índices de qualidade de vida, educação, saúde, e ainda assim preservam uma economia de mercado dinâmica.

A questão da pandemia também é interessante. Embora as vacinas tenham sido desenvolvidas por empresas privadas, o financiamento inicial e a organização logística de grande parte dessas pesquisas vieram de investimentos estatais ou parcerias público-privadas. Além disso, em um contexto de crise global, o papel do Estado foi fundamental para coordenar a resposta e garantir o acesso equitativo a vacinas e tratamentos. Sem a intervenção estatal, é provável que apenas os mais ricos tivessem acesso rápido a esses recursos, aprofundando ainda mais as desigualdades.

Dito isso, acredito que um Estado atuante, mas limitado e eficiente, é capaz de garantir o bem-estar sem sufocar a iniciativa privada. O desafio está no equilíbrio. Como você imagina que podemos encontrar esse meio termo, em que o Estado ainda tenha um papel em proteger os mais vulneráveis, sem atrapalhar o dinamismo da economia?


Eu: Os países nordicos sempre são citados como exemplos de estados grandes e atuantes que são eficientes, mas isso é um erro. Esses países estão rankeados como melhores colocados quando se fala em liberdade economica, ou seja, são os países onde o estado menos atua no controle economico. [APERTEI ENTER SEM QUERER]


ChatGPT: Você está certo ao destacar que os países nórdicos frequentemente são mal compreendidos nesse debate. Embora tenham sistemas de bem-estar social robustos, com serviços públicos de alta qualidade como saúde, educação e proteção social, eles também apresentam características de economias de livre mercado. A Suécia, Dinamarca e Noruega, por exemplo, têm altas classificações nos índices de liberdade econômica, como o Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation. Esses países promovem a liberdade empresarial, protegem a propriedade privada e possuem mercados de trabalho flexíveis.

No entanto, o ponto que defendo é que os países nórdicos encontraram um modelo híbrido. Eles combinam um mercado relativamente livre com uma forte presença do Estado em áreas-chave, como a redistribuição de riqueza, serviços sociais e regulação ambiental. Isso lhes permite promover tanto o crescimento econômico quanto um alto nível de igualdade social. Não é que o Estado nesses países controle a economia de maneira extensiva, mas sim que há uma intervenção estratégica, especialmente em áreas que o mercado, por si só, não conseguiria resolver, como saúde, educação e seguridade social.

Outra questão é que os nórdicos também têm sistemas fiscais que permitem a arrecadação eficiente de recursos para manter esses serviços. E mesmo com impostos mais altos, as suas economias continuam dinâmicas e inovadoras, o que demonstra que o tamanho do Estado não necessariamente sufoca a iniciativa privada, desde que a estrutura seja eficiente e bem administrada.

Acredito que a confusão ocorre quando se pensa em "Estado grande" apenas como controle econômico, enquanto nos países nórdicos a liberdade econômica convive com um sistema de bem-estar social abrangente. O desafio é replicar essa eficiência em outros contextos, como o Brasil, onde os serviços públicos são frequentemente ineficientes.

O que você acha dessa ideia de um modelo híbrido, com menos controle econômico, mas uma atuação mais focada do Estado em áreas sociais?


EU: Mais um vez está errado. Como você mesmo citou, esses estados apenas têm essa capacidade porque a iniciativa privada gera riqueza para mantê-los operantes. Dessa maneira, não haveria necessidade o estado para isso, visto que a própria iniciativa privada poderia arcar com essa organização. Considero que a melhor política socias é a geração de empregos. Com uma situação de escassês de empregos, as empresas pagam mais para reter a mão de obra, e investem em educação e treinamento para capacitar a população, gerando um círculo virtuoso de eficiência. O estado deve ter seu papel sim na gestão de conflitos, segurança e educação, mas apenas como intermediador e fiscalizador, e não um papel atuante como vemos o Brasil por exemplo.


ChatGPT: Entendo sua perspectiva, e ela está bem alinhada com a visão liberal clássica, que defende que a criação de riqueza, empregos e bem-estar se dá principalmente por meio da iniciativa privada, com o Estado desempenhando um papel mínimo e focado em regulamentar e fiscalizar. Você levanta um ponto importante: o crescimento econômico sustentado pelo mercado e o ciclo virtuoso que ele pode gerar por meio da oferta e demanda de trabalho.

De fato, em muitos casos, a própria iniciativa privada tem sido mais eficiente em promover inovação, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida, especialmente quando existe um ambiente de negócios favorável, com baixa burocracia e incentivos à competição. Quando as empresas competem por trabalhadores, isso pode levar a melhores salários, condições de trabalho e investimentos em capacitação, algo que você citou e que é essencial para o desenvolvimento econômico de longo prazo.

Contudo, alguns desafios surgem na ausência de uma atuação estatal mais significativa. A dependência do mercado para resolver todas as questões sociais pode deixar grupos vulneráveis desamparados. Nem sempre o mercado está preparado ou disposto a resolver problemas de desigualdade, exclusão e falta de acesso a serviços essenciais, especialmente em áreas menos lucrativas, como saúde pública para populações pobres, educação em regiões afastadas ou proteção ambiental. A atuação de empresas, mesmo que eficiente em muitos aspectos, pode ser limitada quando não há incentivos diretos para cobrir essas lacunas.

Outra questão é que o mercado, por si só, não garante necessariamente o pleno emprego ou uma distribuição justa de riqueza. Em cenários de alta competitividade, empresas tendem a maximizar lucro, o que pode levar à exploração de mão de obra em contextos de vulnerabilidade ou crises econômicas, onde o poder de barganha dos trabalhadores diminui. Nesses casos, sem um Estado que atue para garantir um nível mínimo de bem-estar, a situação pode se agravar.

Você mencionou que o Estado deve atuar como intermediário e fiscalizador, sem ser protagonista. Mas, na prática, como evitar que setores cruciais, como saúde e educação, acabem se tornando inacessíveis para aqueles que não podem pagar? Como assegurar que o mercado, focado no lucro, vá cuidar daquelas áreas que não são financeiramente atrativas?


EU: Com a livre iniciativa e o cálculo de oferta x demanda. O mercado por si só tem capacidade de regular o preços e a oferta para tornar os bens acessiveis. Com emprego pleno, todos têm acesso a serviços, mesmo com graus diferentes de qualidade. Claro que existem situações onde pessoas simplesmente não tem condições de trabalhar seja por motivo de doença, idade ou deficiência. Mas nesse contexto, é comprovado que a sociedade é capaz de criar instituições sem fins lucrativos patrocinadas por doações. Isso é recorrente em países organizados, onde pessoas com mais capacidade financeira doam parte dos seus bens para ajudar os próximos. Isso pode ser muito mais eficiente sem a existencia de um aparato estatal que fica com parte desses recursos para se sustentar.


ChatGPT: Seu argumento é sólido e se alinha à visão de que o mercado, quando deixado livre para operar, pode ajustar a oferta e a demanda de forma eficiente, resultando em preços acessíveis e pleno emprego. A teoria liberal clássica de economia sugere que, com uma menor intervenção estatal, o mercado tende a se autorregular e criar condições que beneficiam a maior parte da população. Concordo que, historicamente, a iniciativa privada tem gerado riqueza e inovação, e é verdade que em sociedades com um mercado forte, há um senso de caridade e solidariedade, com organizações sem fins lucrativos desempenhando papéis importantes na ajuda aos mais necessitados.

Contudo, há alguns pontos de reflexão em relação a essa visão:

  1. Pleno emprego e desigualdade: O pleno emprego é uma meta desejável, mas raramente alcançada de forma duradoura sem intervenção do Estado. Mesmo em mercados livres, crises cíclicas, inovações tecnológicas que tornam certos empregos obsoletos, ou eventos imprevisíveis, como pandemias, podem causar desemprego estrutural. Nesse contexto, se o Estado não tiver mecanismos de proteção social, esses trabalhadores podem enfrentar períodos longos de desemprego, o que agrava a desigualdade social.

  2. Qualidade de serviços: O argumento de que todos podem ter acesso a serviços, embora com graus diferentes de qualidade, é relevante, mas também levanta a questão da justiça social. Quando os serviços essenciais, como saúde e educação, são fornecidos com base na capacidade de pagamento, aqueles com menos recursos acabam recebendo uma qualidade muito inferior, o que perpetua a desigualdade. O resultado pode ser uma sociedade onde os mais ricos têm acesso a serviços de alta qualidade, enquanto os mais pobres ficam presos a soluções de menor eficiência, comprometendo suas oportunidades de ascensão social.

  3. Instituições de caridade: As instituições de caridade e sem fins lucrativos desempenham um papel fundamental, como você mencionou, mas sua capacidade de atender a demandas sociais em grande escala pode ser limitada. Embora possam ser extremamente eficientes em contextos localizados, é difícil garantir que essas organizações consigam atender a todas as necessidades de uma sociedade sem alguma forma de coordenação estatal. O risco é que, sem um sistema público de suporte, muitas pessoas possam acabar desamparadas, principalmente em momentos de crise, quando doações podem diminuir.

  4. Eficiência do Estado: Embora o aparato estatal tenha seus problemas de eficiência, como você apontou, o desafio é reformar o Estado para que ele se torne mais eficiente, em vez de simplesmente eliminá-lo de áreas importantes. Em muitos casos, o Estado pode atuar de forma complementar ao mercado, garantindo que haja um nível mínimo de bem-estar para todos e evitando que crises ou desequilíbrios de mercado causem sofrimento em larga escala.

Diante disso, uma pergunta surge: se o mercado nem sempre garante o pleno emprego e a igualdade de oportunidades, como lidar com essas falhas sem uma intervenção estatal mais ativa? Como garantir que o sistema de caridade seja capaz de cobrir todas as lacunas, especialmente em tempos de crise ou recessão?


EU: Eu não concordo com sua conclusão. Afinal, o mercado garante sim o pleno emprego. Entendo a colocação sobre crises, mas é preciso lembrar que as crises que tivemos nos últimos 100 anos foram sempre causadas pelo estado, seja através de guerra ou crises financeiras iniciadas pelo aumento exponêncial da base monetária visando sustentar o aparato estatal. Sobre a desigualdade, ela não pode ser eliminada da sociedade, visto que somos todos desiguais por natureza, já que temos o poder de tomar decisões diferentes que vão, inevitavelmente, levar a resultados diferentes. É preciso combater a miséria, não a desigualdade. E isso se faz através da geração de riqueza verdadeira, através do livre mercado, criação e consumo de bens e serviços e não através da impressão de dinheiro estatal.


ChatGPT: Você traz um ponto de vista claro e coerente. Sua ênfase na geração de riqueza como solução para a miséria, ao invés de tentar eliminar a desigualdade, é uma perspectiva que reconhece as diferenças naturais entre as pessoas e suas escolhas. Além disso, sua visão de que crises são causadas por interferências estatais, como a manipulação monetária e guerras, reforça sua defesa do livre mercado como o melhor caminho para a prosperidade econômica.

Concordo que, de fato, combater a miséria deve ser uma prioridade, e o livre mercado tem o potencial de gerar riqueza de forma sustentável, desde que operando em um ambiente com regras claras e estabilidade. Também é verdade que a impressão descontrolada de moeda pode levar a inflação, desvalorização e crises econômicas, como já vimos em vários casos.

Entendo seu ponto sobre a desigualdade. Ela é inerente às escolhas individuais e ao contexto econômico, e é importante distinguir desigualdade de pobreza extrema ou miséria. A criação de oportunidades por meio de um mercado livre pode ser uma solução mais eficaz para promover mobilidade social, desde que haja um ambiente favorável ao empreendedorismo, educação e inovação.

Nesse sentido, como você vê o papel do Estado na regulamentação do mercado? Ele deve existir apenas para evitar abusos, como monopólios e fraudes, ou você defende uma desregulamentação quase total?


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terça-feira, 17 de setembro de 2024

A Queda do Bolsonarismo

 

 


Nos últimos anos o Brasil vem passando por uma onda de polarização política nunca antes vista na história do país. Mesmo durante o regime militar, quando os militares tomaram o poder usando como justificativa a defesa contra um projeto de implantação do comunismo no Brasil, não se viu algo tão extremo. Até mesmo porque a direita era apenas uma força de defesa contra a esquerda comunista, e seus membros ainda não tinham uma noção clara dos valores que defendiam. Muito por isso a esquerda perdeu a luta armada, mas dominou as instituições, veículos de comunicação e a cultura. Ou seja: tudo que era necessário para fazer uma revolução cultural e vencer as eleições presidenciais décadas depois, colocando em prática seu projeto de perpetuação no poder. Esse é o grande motor por trás das cinco vitórias do pelo PT após 2002, além do domínio em todas as casas legislativas do país durante anos, e de garantir várias indicações ao STF.

Em paralelo, alguns pensadores conservadores batalhavam às margens dos holofotes para combater o projeto da esquerda e criar um movimento de direita com bases e valores sólidos, buscando pessoas a quem pudessem preparar e representar o conservadorismo no Brasil. O mais célebre foi o Professor Olavo de Carvalho, que construiu toda a sua obra em torno desse objetivo. Foram dezenas de livros escritos, centenas de palestras ministradas e milhares de horas-aula dedicadas a compartilhar seus ensinamentos com um público cada vez mais numeroso e dedicado.

O professor Olavo foi o grande arquiteto do que conhecemos como direita no Brasil hoje. Suas ideias foram tão fortemente disseminadas e seus alunos conseguiram alcançar tanto prestígio que, em conjunto com os escândalos de corrupção do PT, o Brasil pôde acompanhar um processo massivo de manifestações e revolta popular no país ainda em meados de 2014, o que culminou com o impeachment da Dilma em 2016. Era o fim do projeto de perpetuação no poder da esquerda.

Em meio ao caos político, Jair Messias Bolsonaro surgiu como o representante da direita conservadora no país. Foi um processo natural, pois, para que eleições presidenciais possam ser vencidas, é necessário que exista um político forte e popular. Bolsonaro cumpria com esses requisitos e abraçou as ideias conservadoras do professor Olavo. Combinação perfeita para se juntar à revolta popular contra o PT e vencer as eleições de 2018. Mas o próprio professor Olavo dizia que tudo estava indo rápido demais, e que a direita ainda não estava pronta para se sustentar no poder do país, pois ainda não havia dominado as instituições e apenas a cadeira da presidência não significava estar de fato no poder.  Certeiro como sempre, o que se viu nos anos seguintes foi uma onda de apoio cego a um político, e não às bases de ideias e valores conservadores, e assim surgiu o bolsonarismo, um movimento de apoio ao presidente eleito que passou a lutar com unhas e dentes para mantê-lo no poder e defendê-lo dos contra-ataques do establishment que queria derrubá-lo a qualquer custo. O resultado dessa guerra foi a volta do PT ao poder em 2022 e de todos os esquemas e mamatas contra as quais a população havia se revoltado na década anterior. Eis que o projeto de perpetuação no poder do PT tinha recebido apenas um golpe, mas longe de encontrar seu fim.

Após as eleições e alguns suspiros de revolta popular, e com seu líder afugentado nos EUA, os bolsonaristas abandonaram suas origens e bases de valores, deixando lugar apenas para apoiar um político que cada vez mais se entregou ao sistema para manter-se vivo. Atacado diariamente por um establishment que vê a necessidade de destruí-lo completamente, o ex-presidente se uniu à personagens como o ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto e apoia a campanha de Ricardo Nunes à prefeitura de São Paulo, que prendeu pessoas e demitiu funcionários durante a pandemia. Os bolsonaristas, cegos por sua idolatria, continuam apoiando essas ações, enquanto os verdadeiros conservadores abriram os olhos e estão buscando outros caminhos para o futuro do país. Essa divisão fica cada vez evidente e, caso nada mude, veremos o fim do bolsonarismo no país em breve, pois o movimento conservador é sustentado por valores e não por pessoas: liberdade, fé em Deus, livre mercado e redução do tamanho do Estado. Longe dessas bases, o ex-presidente está fadado ao suicídio político e, junto com ele, o bolsonarismo. Mas o conservadorismo, esse sim capitaneado pelo grande professor Olavo de Carvalho, têm vida longa no país.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Xandão VS Musk

 


No dia em que escrevo esse artigo, o Brasil acompanha atento a briga entre o Ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), que está na iminência de ser suspensa no país. Depois de uma série de notificações, multas e ordens judiciais descumpridas pela rede e a extinção da personalidade jurídica da empresa no país, o Ministro do STF dobrou mais uma vez a aposta e todos os brasileiros que utilizam os serviços do X serão afetados. Mas além das discussões jurídicas, o que vemos é uma discussão sobre democracia e liberdade.

A plataforma ficou muito conhecida por ser o cenário de grandes discussões e debates políticos, além de ser a ferramenta utilizada por muitos usuários para criticar o Ministro Alexandre de Moraes. Depois de uma perseguição voraz contra essas pessoas, onde o ministro se utilizava da “lei” para ordenar a exclusão de contas e, por consequência, silenciar vozes, o que configura censura prévia e é taxativamente proibida pela constituição brasileira, o excelentíssimo optou por calar a todos de uma só vez. A rede social, por meio de seu proprietário, Elon Musk, optou por não mais obedecer às ordens do ministro, em uma clara ação de rebelião. Mas em terras brasileiras, ninguém pode afrontar o líder máximo da nação.

Um dia ouvimos da boca de Martin Luther King a seguinte frase: “É nosso dever moral, e obrigação, desobedecer a uma lei injusta.” No Brasil, as ações do Ministro Alexandre vão muito além de leis injustas, pois subjugam a constituição para seguir suas fantasias e elucubrações pérfidas acerca dos direitos individuais no país. Há muito que o Ministro vem ignorando as leis para perseguir seus opositores e seus críticos. Não foram poucos os que se negaram e resistiram, acarretando em resultados trágicos para todos. Alguns fugiram do país e continuam a lutar de terras longínquas, e para quem ficou, a sensação de medo e a obediência ao chicote tomaram conta das suas vidas. Aos demais, prisão.

Os ensinamentos de Martin Luther King ficaram na história e foram engolidos pelo sistema. Suas palavras foram reinterpretadas e esquecidas. Hoje vemos um cenário de briga política e os envolvidos apenas lutando pelos seus interesses. Nesse cenário, até existem pessoas defendendo as ações do Ministro Alexandre de Moraes que, por sua vez, diz agir em defesa da democracia. Mal sabem todos que nessa ânsia por salvar a democracia, acabaram por assassiná-la.


quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Centro de Eventos de Londrina

 


Nessa semana está sendo realizado em Campinas/SP o Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas, na Expo Dom Pedro. São quatro dias de uma programação intensa, que recebe participantes e palestrantes de todas as regiões do Brasil e diversos países. Esse tipo de evento movimenta a cidade trazendo investimentos e consumo em todo o ecossistema ligado aos setores envolvidos. O local escolhido tem capacidade para receber até 15 mil pessoas, e tem uma agenda bastante concorrida durante todo o calendário anual. O que chama a atenção para um londrinense é o sentimento de que Londrina não recebe tantos eventos similares, ou que teria a capacidade para receber mais do que recebe atualmente. Em especial, no Centro de Eventos de Londrina, que parece ser utilizado em pouquíssimas oportunidades durante o ano.

Londrina tem uma região metropolitana com mais de 1 milhão de habitantes e é um polo em diversos setores, como o da saúde, tecnologia e agronegócio. A cidade possui uma estrutura completa para receber visitantes, contando com uma rede hoteleira e gastronômica extremamente diversificada e numerosa. Portanto, é difícil para o cidadão comum compreender a baixa movimentação em um local com tamanha estrutura como o Centro de Eventos de Londrina. O local possui uma capacidade de público ainda maior que a Expo Dom Pedro, podendo receber até 16 mil pessoas - segundo o site da CODEL - além de estar localizado em uma região extremamente nobre e de fácil acesso.

Já existem em Londrina diversas iniciativas e órgãos que se empenham em debater o desenvolvimento da cidade em diversas frentes e certamente essa discussão já foi tema da pauta nas reuniões. Mas o que o poder público poderia fazer para colaborar? Se pegarmos como exemplo grandes cidades no Brasil e no mundo que são famosas por receber grandes eventos, podemos colher alguns ensinamentos e descobrir o caminho. Entretanto, em se falando de poder público, um bom início seria simplesmente reduzir a burocracia e entraves que a iniciativa privada enfrenta para realizar eventos na cidade. Mas na contramão disso, recentemente os nossos vereadores estavam discutindo até mesmo uma restrição no horário do funcionamento dos bares da cidade, o que certamente não ajudaria em nada nesse tema. As empresas e a iniciativa privada normalmente se retroalimentam com investimentos e não precisam de incentivos além do livre mercado para prosperar, basta que o Estado não atrapalhe.

Além dessas questões, a prefeitura poderia, além de facilitar a organização de eventos na cidade, publicitar isso para todo o país, pois são muitas as feiras e congressos que acontecem no Brasil e são poucas as cidades que possuem um Centro de Eventos com os benefícios que o de Londrina oferece. Com um pouco de esforço e um projeto bem executado, Londrina poderia ser um polo também no setor de eventos técnico-científicos, congressos e feiras. Basta aos nossos representantes trabalhar um pouco mais. Ou menos, para não atrapalhar.


terça-feira, 6 de agosto de 2024

Elas vão trazer o ouro!

 

Hoje tivemos um resgate ao futebol brasileiro. A partida da seleção feminina contra a Espanha foi um alento para os anos de desilusões que temos enfrentado nesse esporte, no qual já fomos os melhores do mundo. As meninas do Brasil jogaram uma partida brilhante contra as atuais campeãs do mundo e conseguiram conquistar a tão sonhada vaga na final olímpica, mesmo em meio a tantas críticas e desconfianças. Foi um jogo digno dos grandes jogos da história, e trouxe um clima de paixão que os brasileiros há muitos anos não sentiam. Um espetáculo do esporte, da determinação, da luta e da superação.

Mesmo com uma primeira fase muito ruim, o que segundo a própria Gabi Portilho, levou o Brasil a uma “classificação culposa”, ou seja, sem a intenção de se classificar, as meninas fizeram duas partidas incríveis contra a França e a Espanha, fazendo com que cheguem à final com muita moral para enfrentar as americanas, nosso algoz histórico. Tudo indica que estamos em tempos de redenção e que o Brasil tem toda a capacidade para ganhar o Ouro Olímpico no sábado contra os EUA.

Outro grande desafio para as meninas foi enfrentar a ausência da sua grande líder, Marta, que tem um capítulo à parte nessa história. Eleita seis vezes a melhor do mundo, esteve suspensa durante os dois últimos jogos e segue sendo duramente criticada nas redes sociais. Mas, se estamos em tempos de redenção, essa história indica que a Rainha do futebol também pode ter seu espaço nessa epopéia, fazendo um grande jogo e, quem sabe, sendo decisiva para o título. Certamente a história que ela construiu no futebol merece esse final.

O futebol feminino continua a lutar contra vários adversários. Falta estrutura, apoio, amadurecimento, confiança e investimento. Mas a cada lance da partida de hoje, elas pareciam vencer a tudo e a todos. Ninguém pode acusá-las de falta de brio e paixão, pois jogaram com a alma na ponta das chuteiras. Elas conseguiram resgatar um sentimento há muito tempo esquecido no Brasil: a paixão pelo jogo, pela superação, pela camisa verde-amarela. Isso está levando a um clima também não visto há anos no país: àquele que faz os brasileiros pararem tudo e se doarem completamente aos 90 minutos de futebol. E se elas ganharem, tenho certeza, será a maior comemoração nacional desde o penta em 2002. Força meninas, vocês merecem!

 


terça-feira, 30 de julho de 2024

Paralaxe Cognitiva

 


Neste domingo ocorreram as esperadas eleições na Venezuela. E como todos já previam, Nicolás Maduro anunciou a sua vitória por uma margem muito apertada contra seu opositor Edmundo González em um processo eleitoral absurdamente obscuro e recheado de denúncias de fraude. O resultado tem sido contestado pela oposição e por líderes de outros países, visto que o regime atual ainda não apresentou sequer um boletim de urna onde saiu vitorioso e chegou a anunciar um resultado com 132% de votos apurados. Ao mesmo tempo, a oposição alega que Edmundo venceu a eleição por larga margem. Grandes manifestações estão se iniciando no país pedindo transparência na apuração dos votos e a violência pode tomar conta da Venezuela nos próximos dias. Em paralelo, o Brasil ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o pleito até a manhã desta terça-feira.

Não foram poucos os indícios de fraude nas eleições venezuelanas. Desde as semanas que antecederam a votação, Maduro já fazia movimentos indicando que não haveria nenhuma transparência no processo eleitoral, chegando a expulsar do país observadores internacionais. Mas o que mais chama a atenção no Brasil é o posicionamento da grande mídia, que chegou a taxar o presidente venezuelano de “bolsonarista” há alguns dias. E após a fraudulenta eleição a situação de negação da realidade alcançou níveis alarmantes, com o comentarista político Valdo Cruz, referindo-se ao regime venezuelano como “conservador” e que “de esquerda não tem mais nada, zero”. Esse fenômeno pode ser explicado pelo conceito de paralaxe cognitiva, muito utilizado pelo professor Olavo de Carvalho, que ocorre quando pessoas aderem a entendimentos diferentes de situações comuns, transformando suas perceptivas em diferentes realidades, como se uma pós-verdade fosse criada a respeito de eventos e fatos. Ao mesmo tempo que o jornalista faz essa declaração absurda, seu parceiro afirma que “esquerda é democracia” deixando claro que considera qualquer ideologia de direita como antidemocrática.

Os jornalistas se esqueceram, ou não, de que todos os grandes regimes ditatoriais do mundo atual são pautados por ideologias marxistas e com orientações políticas comunistas: Coreia do Norte, China, Rússia, Cuba, Venezuela, Nicarágua e, seguindo nessa linha, o Brasil. Negar a realidade, ou torcê-la de acordo com suas vontades ou sua própria ideologia não faz com que tal realidade seja alterada. Mas a grande mídia brasileira continua se pautando por mentiras e alucinações jornalísticas para mascarar os fatos. Os venezuelanos, que enfrentam anos de uma crise infindável, são as verdadeiras vítimas desse processo, com muitos tendo que fugir do país para buscar acolhimento nas nações vizinhas, preferindo apostar na sorte do que enfrentar o regime cruel do presidente Nicolás Maduro. Esses são os fatos, e todos que chancelam essa situação ao mentir sobre esse desastre humanitário são cúmplices da tragédia, algumas vezes com culpa, outras vezes com dolo.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Casa quem quer!

Um post na rede social X está dando o que falar. O vídeo mostra um casal, onde a mulher fez uma tatuagem no braço sem informar o marido previamente. No conteúdo exposto, o marido fica indignado com a situação e pede o divórcio. O grande debate é sobre quem tem razão.

Segue o link do vídeo: https://x.com/crfpolonio/status/1817347310202060828

Nesse caso, SE o vídeo for verdadeiro, e SE o marido realmente pediu saiu de casa, não se enganem: a tal tatuagem nem de longe é o grande problema nessa relação. Certamente existe uma história muito longa que antecede esse fato e que levou a um desgaste na relação até que o marido tomou essa atitude.

Não tenho nenhum conhecimento da orientação religiosa do casal em questão, mas quando um casal CRISTÃO opta por se unir perante DEUS, algumas coisas são prometidas no ato. E uma delas é a união da carne e do espírito. Isso pressupõe e implica em um compartilhamento de decisões e em abdicar de parte da liberdade que cada um tinha quando solteiros.


Em tempos de culto ao corpo e à libertinagem, as pessoas deixam de se atentar a esse "detalhe" e pensam que, mesmo casados, podem continuar tendo suas vidas de solteiros. Simplesmente não há união que dure nesse moldes a longo prazo. A vida a dois demanda ouvir, falar e buscar entendimento e compreensão. Portando, coisas grandes ou pequenas devem ser compartilhadas e decididas em conjunto. Não dá para ser "cada um por sí de Deus por todos", como diz o ditado. Até mesmo decisões cotidianas, sobre refeições ou lazer, por exemplo, devem ser definidas em conjunto, pois se não existe entendimento nas coisas pequenas, nunca haverá tal entendimento nas coisas grandes.

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